Com a queda nas temperaturas, aumenta a incidência de gripe.
É justamente nos meses mais frios do ano que a prevenção da doença torna-se ainda mais importante. Por isso, anualmente, o Ministério da Saúde promove a campanha nacional de vacinação contra a gripe em todo o território nacional logo que os termômetros começam a descer.
Em 2019, devido aos casos que foram registrados nas regiões Norte e Sudeste em período atípico (fim do verão), o governo antecipou a vacinação que combate o vírus influenza. Com a meta de imunizar 58,6 milhões de brasileiros, a campanha é destinada a diferentes públicos, que recebem a vacina gratuitamente nos postos de saúde.
A principal mudança em relação ao ano anterior é a ampliação de idade do público infantil. Até o ano passado, as crianças com idades entre 6 meses e 5 anos incompletos podiam receber a vacina. Dessa vez, quem tem 1 ano a mais, ou seja, 6 anos incompletos, também entra na lista.
Veja quem é considerado público prioritário, seguindo as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS):
- Crianças de 6 meses até 5 anos,
11 meses e 29 dias de idade - Gestantes
- Puérperas (mulheres que deram
à luz nos últimos 45 dias) - Idosos (a partir dos 60 anos)
- Portadores de doenças crônicas,
como asma e hepatites - Povos indígenas
- Pessoas em condições especiais, como transplantados e com síndrome de Down
- Trabalhadores da área da saúde
- Professores de escolas públicas e privadas
- População privada de liberdade, incluindo adolescentes e jovens de 12 a 21 anos sob medida socioeducativa
- Funcionários do sistema prisional
É importante ressaltar que até mesmo quem está fora dessa lista prioritária pode se beneficiar com a vacina. Crianças maiores de 6 anos e adultos, por exemplo, encontram as doses na rede privada de imunização.
Vacina segura
Juntamente com as informações que visam conscientizar a população sobre a importância de aderir à campanha de vacinação, o Ministério da Saúde e os profissionais da área estão empenhados em combater as notícias falsas e reforçam a mensagem de que a vacina é totalmente segura e muito eficiente no combate à doença, que pode evoluir para complicações mais graves, como a pneumonia, e causar até a morte.
Os médicos orientam que apenas quem estiver com febre deve adiar a vacinação por alguns dias, até que o quadro seja revertido, para que não haja confusão de uma possível reação à vacina com manifestações de alguma doença. No caso de pessoas com alergia grave a ovo ou com histórico de reação grave anterior à vacina, é recomendada uma avaliação médica prévia.
Para todos os imunizados, o que pode acontecer é o surgimento de algumas reações. As mais comuns são dor no local da aplicação, mal-estar e febre. No entanto, é muito importante ressaltar que a vacina não desencadeia gripe, pois os pedaços de vírus usados em sua fabricação estão inativados e não causam nenhum problema à saúde de quem a recebe.
Imunize-se todos os anos
Mesmo quem foi vacinado no ano passado deve receber novamente o imunizante. Isso porque o vírus influenza sofre mutações e a circulação dos subtipos muda regularmente. Para que seja eficaz ao sistema imunológico da população, as vacinas passam por pequenas mudanças a cada ano e são elaboradas de acordo com os subtipos prevalentes.
Fica a cargo da Organização Mundial da Saúde (OMS) definir quais são as cepas de influenza que devem entrar na composição, a partir do monitoramento dos tipos de vírus em circulação no mundo. A vacina disponível na rede pública em 2019 é trivalente e combate os seguintes vírus:
Em relação à versão de 2018, duas das três cepas que compõem o imunobiológico foram alteradas para proteger a população dos subtipos do vírus da gripe que mais circularam no último ano no Hemisfério Sul. O vírus que se manteve inalterado foi apenas o H1N1.
Reforce a proteção com medidas preventivas
Os médicos imunologistas afirmam que não há outra medida protetiva que substitua a vacina. No entanto, diversas atitudes favorecem a prevenção da gripe. Conheça as principais:
- Mantenha a higiene constante das mãos: lave-as com água e sabão e, quando não for possível, use álcool gel
- Evite contato com as mucosas
- Evite lugares fechados, sem ventilação
- Não compartilhe objetos pessoais como copos, talheres e toalhas
- Cubra a boca e o nariz com um lenço descartável ao espirrar ou tossir
- Higienize com frequência computadores e outros equipamentos eletrônicos que costumam ser compartilhados, como tablet e telefone celular
- Mantenha os ambientes sempre bem arejados, até mesmo em dias mais frios
- Mantenha uma alimentação saudável e consuma regularmente alimentos ricos em vitamina C, como laranja, acerola e morango, que ajudam a fortalecer o sistema imunológico