Revista Unimed BR - Ed. 43

34 | Unimed Br SAÚDE EM PAUTA C onsiderado referência mundial no combate à Aids por ser um dos primeiros países a ado- tar a distribuição gratuita dos medicamentos em seu sistema público de saúde, em 1996, o Brasil registrou números preocupantes de novas infecções por HIV nos últimos oito anos. Dados divulgados recentemente pela Unaids, a agência da ONU especializada na epidemia, mos- tram que o País vai na direção oposta da média mundial: entre 2010 e 2018, apresentou um aumen- to de 21% na quantidade de novos casos. Na média global, a doença registrou uma queda de 16%. Em números absolutos, o Brasil registrou 44 mil no- vos casos em 2010. No ano passado, foram53 mil. Is- so influenciou a média latino-americana para uma alta de 7%: em 2018, foram 100 mil novos casos na região, com 35 mil mortes. Às vésperas do Dia Mundial de Luta Contra a Aids, em 1º de dezembro, confira os dados mais recentes sobre a infecção pelo vírus HIV no mundo. Estatísticas globais sobre HIV (2019) • Em todo o mundo, 37,9 milhões de pessoas vivem com HIV • Dessas, 36,2 milhões são adultos e 1,7 milhão indivíduos com menos de 15 anos • Até 2018, 79% de todas as pessoas vivendo com HIV conheciam o seu estado sorológico positivo para HIV. Já cerca de 8,1 milhões não sabiam que estavam vivendo com o vírus • 23,3 milhões de pessoas possuem acesso à terapia antirretroviral Fonte: Unaids Sobrevida maior A boa notícia para o Brasil é que, por aqui, as pessoas que convivem com a doença estão vivendo mais. É o que mostra o Estudo de Abrangência Nacional de Sobrevida e Mortalidade de Pacientes com Aids no Brasil, do Ministério da Saúde. A pesquisa aponta que 70% dos adultos e 87% das crianças diagnosticados entre 2003 e 2007 tive- ram uma sobrevida superior a 12 anos. O estudo anterior, realizado em 1999, mostrava uma sobre- vida de cerca de nove anos. Em 1996, antes de o Ministério da Saúde ofertar o tratamento univer- sal aos pacientes com Aids, a estimativa era de cerca de cinco anos. De mãe para filho Duas cidades brasileiras já eliminaram a transmis- são do HIV de mãe para filho. Umuarama (PR) se juntou à Curitiba – primeiro município a receber a certificação em 2017 – e foi reconhecida, em se- tembro, como território livre da propagação vertical do HIV, recebendo a Certificação de Eliminação da Transmissão Vertical do HIV, concedida pelo Mi- nistério da Saúde. São elegíveis municípios commais de 100 mil ha- bitantes e que atendam a critérios como taxa de detecção de HIV inferior a 0,3 casos por mil nasci- dos vivos e proporção anual inferior a 2% de crian- ças expostas ao vírus que soroconverteram (quan- do se tornam positivas para o HIV). Os critérios são estabelecidos pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Luta contra a Aids

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