Revista Cooperação Unimed Brusque - Edição 43

O s brusquenses Quido Paulo Sas- si e Rita Maria Zucco Sassi, são um exemplo de casal que gosta de apro- veitar a vida. Ele com 84 anos e ela com 82, se mantêm ativos, com uma rotina de atividades, que engloba o cuidado com a saúde, equilibrado com passeios e viagens com a família e amigos. “É muito bom ter disposição e envelhecer de forma saudável. Minha mãe viveu até os 101 anos e eu também quero chegar lá”, de- clara Seu Quido. O casal está entre os 29 milhões de idosos que vivem no Brasil atualmente. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatís- tica), cerca de 650 mil brasileiros devem chegar aos 60 anos de idade a cada novo ano, sendo que a expectativa de vida é de 76 anos. Entretanto, em Santa Catarina, esse número é ainda maior: chegou a 79,7 anos em 2018, batendo recorde em todo o país. Os números demonstram um aumen- to significativo da longevidade e servem como alerta, para que a sociedade se prepare melhor para viver essa nova realidade. Diante desse quadro, a médica Dra. Suellen Dias Rodrigues considera que o grande desafio é adquirir uma longevidade saudável, de forma que, com o passar dos anos, as doenças que podem ser prevenidas, não ocorram, resultando em um envelhecimento com manutenção de autonomia e qualidade de vida. “As doenças típicas do enve- lhecimento são crônico degenerativas e não ten- dem a causar óbito em um curto espaço de tempo, sendo que muitas destas enfermidades podem ser evitadas ou amenizadas com mudanças de es- tilo de vida, prática de exercícios físicos, interação social, e manutenção do cérebro ativo”, observa. Dra. Suellen descreve que diferente de déca- das atrás, onde ter mais de 60 anos era sinônimo de dependência e limitação, hoje, essa fase é vivi- da com muito mais liberdade e participação ativa e produtiva na vida pública. “Envelhecer não pode ser sinônimo de decadência e finitude. É uma eta- pa da vida, como a infância e a juventude, e deve ser encarada dentro desse contexto. É o resulta- do das ações prévias, realizadas nas fases ante- riores pelas quais passamos, e deve ser sinônimo de mais tempo para aproveitar o viver, lembrando sempre que o envelhecer não significa ruptura e sim, continuidade. A vida pode ser intensa, apai- xonante e divertida em todas as idades. Cabe a nós valorizar as relações, aprender a se reinventar e descobrir delicadezas, mesmo em momentos de adversidade”, salienta a médica. 77 % consideram o envelhecimento motivo de orgulho; 35 % desejam viver de 76 até 85 anos; 23 % desejam viver de 86 até 120 anos; 89 % acreditam que a melhor coisa da 3ª idade é a experiência de vida; 73 % pensam que a idade avançada representa o aumento da autoconfiança; 64 % afirmam que se tornar idoso representa a liberdade de experimentar coisas novas; 77 % citam a saúde como a maior preocupação; 59 % têm medo das dificuldades financeiras; 44 % acreditamque omais difícil do envelhecimento está na aparência física. Como os brasileiros encaram o envelhecimento Envelhecer é o resultado das ações prévias, realizadas nas fases anteriores pelas quais passamos, e deve ser sinônimo demais tempo para aproveitar o viver. Dra. Suellen Dias Rodrigues Fonte: Instituto Qualibest 21 COOPERAÇÃO UNIMED BRUSQUE

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