Revista Unimed Edição 41

de uma médica cooperada. São duas horas de forma- ção e quase cinco horas de trabalho na escola, onde são apresentadas duas metodologias para adolescentes do oitavo e nono ano: vantagens de permanecer na escola e conectados com o amanhã”, conta Camile. Ao todo, 350 estudantes são beneficiados pelo projeto. Além disso, a iniciativa também capacita cer- ca de 30 professores para a aplicação da metodologia “Nosso Planeta, Nossa Casa”, que atende quase mil crianças do quarto ano. “Não conseguimos acompanhar o início da cami- nhada destes adolescentes no mercado de trabalho. Mas temos noção do conteúdo aplicado e a certeza de que ele desperta reflexões. É importante continuar na escola e depois ter acesso à faculdade ou algum curso técnico. Só não pode parar”, orienta Camile. Em contraponto, o colaborador da Unimed Brus- que também volta enriquecido com esta experiência. Diante de uma sala com tantos alunos, ele treina a co- municação e a liderança, ao mesmo tempo em que per- de a timidez de falar em público. A expectativa ainda vai além: que ele sinta a importância de contribuir com a comunidade e possa ampliar esta atuação voluntária. Vinculado ao programa, no entanto, o colaborador da Unimed Brusque não tem nenhum desconto de horas ou pagamento pelo período de formação e apresenta- ção na escola. Semana de diversidade Há cerca de quatro anos, a Unimed Brusque come- çou a buscar pessoas com deficiência para integrar seu quadro de colaboradores. Mas, antecipada a esta con- tratação, vislumbrou a possibilidade de criar uma cul- tura de respeito à diferença. Foi assim que nasceu e é mantida até hoje a “Semana da Diversidade”, realizada no mês de outubro. A primeira edição, em 2015, contou com a parceria da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Brusque e ofereceu aos colaboradores um café sen- sorial. Como é possível tomar uma xícara de café se você não tem os braços? Como é possível pegar um sandui- che se você é cego? Alguém já viveu a experiência de ver um filme apenas com o áudio descritivo das cenas? A empatia para se colocar no lugar do outro foi a grande proposta do projeto, que também contou com a palestra da consultora Tabata Contri, da empresa Talento Incluir, de São Paulo. “No segundo ano do projeto nós iniciamos a con- tratação de pessoas com deficiência e até o processo de recrutamento foi diferenciado. Sensibilizamos o gestor, que esteve envolvido na seleção. Depois, conversamos com a equipe e, por último, com o colaborador, para que se sentisse a vontade para pedir ou recusar ajuda”, lem- bra Inajara. “O que a gente não queria ver era a pessoa ser tra- tada com pena. Para nós a contratação era necessária, mas não para cumprir a cota. E o novo colaborador esta- va ciente de que precisaria atingir metas e trazer resul- Na Unimed Brusque, colaboradores têm a oportunidade de praticar o voluntariado A Semana da Diversidade sensibiliza os colaboradores para o respeito à diferença ARQUIVOUNIMEDBRUSQUE ARQUIVOUNIMEDBRUSQUE 12 COOPERAÇÃO UNIMED BRUSQUE

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