Revista Unimed Edição 41

H á cerca de um mês, a Clínica Unimed dis- ponibiliza um novo serviço: a psiquiatria voltada para o atendimento infantil. O tra- balho é desenvolvido pela Dra. Flaviana Becker Dartora, natural de Caxias do Sul (RS), e está disponível para consultas através do convê- nio ou particulares. “Uma das atribuições é a avaliação de transtornos do comportamento e isso não necessariamente envolve medicação. É muito comum, durante a infância e a ado- lescência, esta avaliação multidisciplinar que antecede o diagnóstico e envolve outros profissionais como o neu- ropediatra, psicopedagogo, fonoaudiólogo. Dependendo da situação também se visita a escola. O psiquiatra é responsável por esta coleta de dados para chegar a um diagnóstico correto”, explica Dra. Flaviana. Segundo ela, é muito natural que na hora da escolha do atendimento, as pessoas não entendam bem a dife- rença de atuação entre as áreas de psiquiatria e neurolo- gia, sobretudo para crianças e adolescentes. “O psiquia- tra vai tratar das alterações comportamentais, enquanto o neuro atua na área clínica neurológica. Por exemplo, a criança que tem alguma síndrome é acompanhada pelo neuropediatra. Mas as comorbidades decorrentes da síndrome, com ênfase nos transtornos comportamentais (agressividade, dificuldade de controlar impulsos, ansie- dade, insônia, entre outras) são avaliadas pelo psiquia- tra”, pontua Dra. Flaviana. Nova Especialidade: Psiquiatria Novidade na Clínica Unimed para o atendimento de crianças e adolescentes Medicamentos Talvez um dos temas mais polêmicos quando se fala em doenças neurológicas e psiquiátricas para crianças e adolescentes seja a administração de medicações para o tratamento das mais variadas patologias. Dra. Flaviana cita casos em que nas próprias escolas é sugerido para os pais o uso de determinada medicação. E também é comum que, angustiados embusca de uma melhora, pai e mãe solicitem a intervenção medicamentosa. “Uma das atribuições da psiquiatria clínica é avaliar esta necessidade. Isso não significa que todo paciente vai sair do consultório com remédio. Às vezes precisa. Outras vezes não. Por isso é preciso entender com clareza o que está acontecendo com a criança e investigar com profundi- dade as possíveis causas dos sintomas, porque a avaliação e tratamento tem características específicas nessa faixa etá- ria”, esclarece. De acordo comDra. Flaviana, existeumpoucode sensa- cionalismo sobreo assunto, coma impressãodequeoprofis- sional temo objetivo de “dopar”a criança. Ela reconhece uma tendência a excessos na administração das medicações, mas lembra também da angústia de muitos pais, quase sempre com anseio de resultados rápidos e resistentes para ir a fun- do e entender o que realmente está acontecendo. Dra. Flaviana explica que nem sempre é fácil saber o que o paciente precisa, especialmente quando se trata de uma criança ainda pequena. Por isso, é importante pesar o benefício e o prejuízo. “Existe a psiquiatria para se ter pro- NOVIDADE ISTOCKPHOTO.COM 18 COOPERAÇÃO UNIMED BRUSQUE

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