Revista Unimed - Edição 44

ter momentos de inatividade e de ócio criativo. “Diante de tal exposição, a SBP recomenda que as escolas e famílias pos- sam atuar em conjunto, no sentido de monitorar rigorosa- mente o tempo de permanência, de forma que a soma não ultrapasse o limite recomendado”, alerta o pediatra. Riscos As psicólogas da Unimed Brusque, Rosangela Ribei- ro e Rubia Camila Richter alertam que o uso excessivo de tecnologia e a permanência em redes sociais afetam a criança no âmbito físico e psicológico. “Pode haver um aumento de peso já que as crianças passam mais tem- po sentadas com eletrônicos do que fazendo atividades ao ar livre. Estudos também mostram um aumento dos casos de miopia e, inclusive, a possibilidade de cegueira. Psicologicamente, o vício digital está ligado ao aumento dos casos de ansiedade, depressão, isolamento e fobia social, dificuldade de concentração, dificuldade na inte- ração social, baixa autoestima, irritabilidade, impaciência e tristeza, além de um aumento dos conflitos familiares”, afirma a psicóloga Rosangela. Para as profissionais, o equilíbrio e a moderação neste uso é o caminho para potencializar os benefícios e diminuir os riscos associados. Elas salientamque as crianças também aprendem muito pelo exemplo, ou seja, se os pais passam tempo demais conectados à tecnologia a tendência é que os filhos reproduzamesse hábito. “É importante estimular ativi- dades ao ar livre, comoutras crianças e animais de estimação. Atividades de pintura, commassa de modelar, que envolvam o tato, leituras que estimulema criatividade. Tudo isso coma participação dos pais, que são fundamentais no desenvolvi- mento da criança”, completa Rubia. Hoje a Unimed Brusque oferece o programa “Interagin- do comoUniverso Infantil”, umencontro separado por faixas etárias, em que os pais trocam experiências e tiram dúvidas relacionadas ao desenvolvimento de seus filhos, junto com uma equipe multidisciplinar. A participação nestes grupos pode ser agendada através do telefone (47) 3251-2499. Comunicação A fonoaudióloga da Unimed Brusque, Patricia Sauri Otake, destaca que os prejuízos de comunicação provocados pelo uso excessivo da tecnologia já começam a ser observa- dos em consultório e geralmente estão associados também coma baixa estimulação da oralidade pelas famílias. “Os pais compramcelulares ou tablets no intuitode esti- mular a criança, mas o que se vê é que algumas delas passam horas na frente da tela. Às vezes, uma manhã ou uma tarde inteira. Além de comprometer o desenvolvimento da comu- nicação, este hábito pode trazer prejuízos de visão, audição e postura, sem falar da interação social, já que a criança deixa de brincar comas outras para ficar no tablet”, pontua Patrícia. Outra dificuldade listada pela especialista está relacio- nada com a coordenação motora fina das crianças: a dificul- dade de segurar um lápis ou de picotar uma revista. Ao mes- mo tempo em que os dedinhos ganham agilidade nas telas, o movimento de pinça nem sempre é estimulado na mesma proporção. “Uma dica que deixo é conectar os vídeos de celulares e tablets na televisão. Assimos pais controlama distância da criança da tela e o volume do somemitido, alémdo conteúdo que está sendo reproduzido”, comenta Patricia. A fonoaudióloga da Unimed Brusque, Patricia Sauri Otake, alerta que tecnologia em excesso pode trazer complicações para o desenvolvimento O médico pediatra, Dr. Silvio David Monarim, alerta para o uso mais restritivo de tablets e smartphones para crianças Dicas da Sociedade Brasileira de Pediatria - Programe dispositivos de acesso apenas para conteúdos de qualidade, com eficácia de aprendizagem demonstrada - Oriente familiares sobre a relevância de regras domésticas claramente estabelecidas e cumpridas e os limites para as crianças - Incentive atividades físicas e o contato com a natureza - Promova aprendizagem com brincadeiras no ambiente da creche ou escola - Discuta e aplique o plano de trabalho individual, na prevenção do estresse tóxico da infância 17 COOPERAÇÃO UNIMED BRUSQUE

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