Revista Ampla | Edição 46 | Unimed Paraná

O painel, que foi discutido à tarde, no E-Saúde, falou sobre “Instrumento de Avaliação de Tecnologia em Saúde (ATS). Marcelo Nita , da Universidade de São Paulo (USP), discorreu sobre o tema “ATS no Mundo e no Brasil, critérios de incorporação pelo Sistema de Saúde com exemplos de algumas tecnologias recém incorporadas”. Ele demonstrou como são usadas essas abordagens (ATS), “que têm por objetivo verificar se determinada tecnologia é segura, eficaz e atrativa financeiramente se comparadas a outros meios”. AstridWiens Souza , da Universidade Federal do Paraná (UFPR), também participou do painel, com o tema “Análises econômicas e impacto financeiro na incorporação de tecnologias em saúde no Brasil”. Astrid demonstrou exemplos de custo e efetividade feitos pela Gerência de Avaliação de Tecnologia em Saúde (GEATS), da UFPR. “Desde 2014 são obrigatórios estudos sobre custo/efetividade antes de aplicar uma nova tecnologia no Sistema de Saúde”, complementa. No mesmo painel, palestrou Karla Santa Cruz Coelho , da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Ela explicou os critérios estabelecidos pela ANS para a incorporação de novas tecnologias. Karla afirmou que compete à Agência rever o rol de procedimentos. “São processos contínuos de análise que visam ajustar o rol às novas tecnologias”. Ao final do evento, foram apresentados cases. O primeiro com Marcus Figueiredo , da Hi Technologies, que mostrou o HiLab, um laboratório que oferece resultados de exames em minutos. O segundo, com William Procópio dos Santos , diretor de Projetos da Unimed Paraná, explicando as funcionalidades dos aplicativos Líbero Autorizador, Médico Cooperado, Cliente e Saúde. Marcelo Fonseca , da UniHealth Logística Hospitalar, esclareceu como é organizada a logística de suprimentos hospitalares. Para finalizar essa parte, Vandré Dall’Agnol , da MV Sistemas, apresentou o aplicativo de gerenciamento de leitos e falou sobre os próximos desafios tecnológicos que ainda devem ser implantados pela MV Sistemas. TECNOLOGIA EM SAÚDE (E-saúde), ocorrido no dia 25 de agosto, na Associação Médica do Paraná (AMP), realizado pela Unimed Paraná com apoio da PUCPR, Se- brae e 3º Fórum de Informações de Tecnologia em Saúde da Femipa.. Mesmo que hoje pareçam coisas impos- síveis de se viver, Cordeiro relembra que há 20 ou 30 anos, já havia rumores de mudanças tecnológicas – na época, apenas coisas irreais - que hoje nós vivenciamos como ciência real. “Na era médica, por exemplo, as células-tronco foram descobertas duas décadas atrás. Outra tecnologia muito nova foi a valorização dos telômeros e o reconhecimento da importân- cia dessa região cromossômica no desen- volvimento das doenças degenerativas”. Os telômeros são fundamentais para os estudos do câncer, do envelhecimento e das células- -tronco; essa descoberta ganhou o Prêmio Nobel em 2009. No 3º E-Saúde, Cordeiro falou de “Inova- ção Disruptiva em Saúde”. Para ele, já há uma disrupção total em muitas áreas, inclusive na medicina. O cientista ainda explica que essas interrupções do curso normal de um processo, chamadas disrupções, vão do mais simples ao mais específico na área da saúde. “A medicina está se transformando de curativa para preven- tiva, e de geral para pessoal. Porque a aspirina para você não tem que ser igual para mim. Sa- bendo seu genoma e sua condição, você pode precisar de uma aspirina diferente”, exempli- fica. Cordeiro afirma que essas mudanças são facilitadas, principalmente, devido às tecnolo- gias exponenciais – que são consideradas mais eficazes, baratas e acessíveis. Além delas, ele acredita que esses es- tudos e descobertas são possíveis graças à inteligência artificial – que é semelhante à inteligência humana, mas demonstrada por mecanismos ou software – a chamada “singu- laridade tecnológica”. Um exemplo dado por Cordeiro é o IBMWatson, sistema cogniti- vo que possibilita parceria entre pessoas e computadores. “Ele está sendo utilizado para identificar câncer nos pacientes, mais precoce- mente e com maior detalhamento. O que era impossível há dois anos. Hoje já está sendo usado em hospitais nos Estados Unidos e no Japão, com resultados ótimos”, além de outras atribuições a estudos. “Nos próximos 20 anos, vamos presenciar mais mudanças e avanços do que nos últimos dois milênios”, completa. Cordeiro é considerado uma das vozes mais conhecidas sobre o assunto. Ele visitou, estudou e trabalhou em mais de 130 países em cinco continentes. Em suas apresentações e palestras, Cordeiro também fala sobre o en- velhecimento como uma doença curável, entre 20 e 30 anos. 21 AMPLA • JUL/AGO/SET 2017 | E-SAÚDE Um dos destaques do 3º E-Saúde, realiza- do em agosto de 2017, foi a palestra com o cientista futurista José Luís Cordeiro. Ele falou sobre as mudanças que devem afetar o setor de saúde e relatou estudos que estão sendo feitos, por meio de inteligência artificial, para a cura de várias doenças, inclusive a do câncer. Além disso, Cordeiro falou sobre a ‘morte da morte’. Afinal, nós, que sempre brincamos com a frase de sermos meros mor- tais, começaríamos uma ‘pós-humanidade’, e viveríamos para sempre? Entre tudo isso, o evento ainda recebeu vários palestrantes que falaram sobre as novidades tecnológi- cas do ramo de saúde. RESUMO

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