Ampla Edição 49

| COOPERADO 12 | AMPLA • ABR/MAI/JUN 2018 Devido à rotina exaustiva e estressante que tem início desde a decisão de prestar vestibular para medicina, passando ao longo do curso por escalas de plantões e responsabilidades ineren- tes à residência médica, faz com que os hábitos saudáveis como sono adequado, lazer, alimen- tação saudável e a prática de atividades físicas não sejam incorporados na sua rotina diária, e após sua formação há um agravamento dessa falta de tempo para hábitos saudáveis. Esses fatores de risco associados à hereditariedade comprometem a saúde ao longo do tempo, como podemos perceber na carteira gerenciada. Atualmente, o PGDC atende 232 médicos cooperados da carteira PAC (Plano de Assis- tência ao Cooperado). Entre eles, 165 possuem hipertensão arterial sistêmica, 130 possuem dislipidemia e 105 doenças cardiovasculares. Os números são preocupantes, principalmente em virtude da grande maioria ter mais de uma condição crônica associada. Segundo o Ministério da Saúde, os males crônicos não-transmissíveis, como diabetes, acidente vascular cerebral, doenças cardíacas, alguns tipos de câncer e hipertensão arterial estão entre as principais causas de morbidade, incapacidade e morte no Brasil e no mundo. Apesar de essas doenças ainda não ter cura, é possível conviver com elas e ter longevidade e qualidade de vida com cuidados simples no diários. Fazer o uso correto de medicamentos e manter a rotina de exames e consultas em dia são alguns desses itens. Com base nisso, o PGDC é composto por uma equipe multidisciplinar que acompanha e gerencia o cuidado de cada médico cooperado. Ângela da Conceição Mendes , coordenadora da Gestão de Crônicos e Saúde e Fatores de Risco da Federação, conta que o Programa tem como objetivo principal abordar o médico cooperado para orientações básicas de saúde, tudo aquilo que o cooperado já conhece e orienta a seus pacientes é lembrado para ele também. Por exemplo, ressaltamos quanto à necessidade de ter um tempo para que ele também possa ser cuidado e ter o autocuidado. A médica Maura Flores de Oliveira comenta que se sente protegida com o programa. “Tive uma doença séria e a partir daquele momento me senti cuidada por parte da cooperativa com as avaliações das enfermeiras e nutricionistas”. Daniele Pedroso Inamura , uma das en- fermeiras que faz o contato com os médicos, explica que essas doenças crônicas aliadas aos maus hábitos estão levando muitos pacientes à piora da doença. Para ela, “ações simples na rotina como realizar ingesta hídrica ao longo do dia e realizar caminhadas durante a semana por exemplo, refletem grandemente no bem-estar e na saúde da pessoa. Um portador de doença crônica que pratica hábitos saudáveis evita complicações sérias, agravo da doença, interna- mentos e o sofrimento, próprio e de sua família, podendo ter uma melhor qualidade de vida”.

RkJQdWJsaXNoZXIy MjcxMg==