Ampla Edição 49

Compartilhamento: pilar da sustentabilidade Nova gente para umnovomundo? “A revolução da informação vai capacitar os indivíduos e democratizar tudo” , Steve Jobs A tecnologia avança de tal forma que embo- ra ainda estejamos longe de ter uma Rosie - a empregada doméstica robô dos Jetsons, família futurista (2062) do desenho animado, sucesso nas décadas de 1960 e 1970 -, muitos modelos de limpeza para casas e apartamentos já come- çam a disputar o mercado. Os veículos robóticos ou carros sem motoristas estão em ascensão e a possibilidade de carros voadores já começa a ser cogitada por uma parte da indústria. As mudanças em nossa era estão acontecen- do de maneira tão rápida que você pode acordar amanhã e não reconhecer mais o mundo em que vivemos. Máquinas inteligentes, conexão global, ecologia das novas mídias (as relações/conexões/ implicações entre elas), escalabilidade, longevida- de, mundo computacional, economia exponencial. São as chaves que nos mostram que esse “novo mundo” está à nossa porta. Segundo o professor, consultor e palestrante Adeildo Nascimento , especialista em Desenvolvimento Humano e autor do livro “Inteligência espiritual no mundo do trabalho”, um mundo novo exige um novo RH (Recursos Humanos). Em um minievento, durante o Suespar, Nas- cimento falou de coisas que estamos ouvindo insistentemente, como a Indústria 4.0, que inclui robôs autônomos, simulações, integração de sistemas, internet das coisas, computação em nuvem, impressão 3D (manufatura aditiva), reali- dade aumentada e big data. Entretanto, mais do que nos falar que empregos as máquinas vão nos roubar, ou qual o paraíso ou o inferno que esse “admirável mundo novo”, com suas tecnologias extraordinárias, pode provocar, Nascimento frisou o tipo de pessoas que precisaremos ser para viver nesse redenho de mundo. As manchetes em jornais já dão o tom dessas mudanças: “Robô faz em segundos o que levava 360 mil horas para um advogado fazer”, “ ‘robôs jornalistas’ que transformam dados em textos chegam à redação”, “Hospital vai utilizar Watson Oncology”. Em contraponto: “Um milhão de vagas de gerente foram eliminadas na última década”, em virtude de corte de custos, informatização e fusões. O que vai acontecer? Quais profissões vão so- breviver? Ninguém tem certeza de nada. Segundo Nascimento, o que se observa é a queda de gran- des empresas tradicionais, que sofreram por não perceberem as mudanças. E elas tinham algo em comum: o orgulho. “Como não se ensina nada para quem já sabe tudo, essas empresas se fecharam sobre o seu sucesso e não viram as mudanças. Seus executivos não acreditaram nos sinais que o mercado estava emitindo”, observa Nascimento. 24 | AMPLA • ABR/MAI/JUN 2018

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