Ampla Edição 49

Durante muito tempo a opção pela cesá- rea, sem ao menos considerar o parto por via vaginal, foi uma realidade em hospitais públicos e privados no Brasil. Segundo dados divulgados em 2017 pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), o país é o segundo no mundo em percentual desse tipo de procedimento. A Organização Mundial da Saúde (OMS) consi- dera até 15% a proporção para partos por ce- sariana, e o índice no Brasil é de quase de 60%. O dado mais alarmante é que a grande maioria desses partos não é justificada por fatores de riscos, ou seja, é feita de forma eletiva. Mas a realidade está mudando aos poucos. Ainda em 2017, o Ministério da Saúde divulgou que, pela primeira vez, desde 2010, o número de cesarianas não cresceu no país. Nesse período, dos 3 milhões de partos feitos no Brasil, 55,5% foram cesáreas e 44,5% foram partos por via vaginal, o que mostrou uma estabilização. Com o objetivo de melhorar ainda mais esses números, foi lançado o Projeto Parto Adequado (PPA) é uma iniciativa conjunta da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), do Hospital Israelita Albert Einstein e do Institute for Healthcare Improvement (IHI), com o apoio do Ministério da Saúde . O PPA está ajudando os partos por via vaginal voltar a ganhar espaço. A gerente de Atenção à Saúde da Unimed Paraná, Priscila Franqui , conta que o piloto do Projeto começou em 2015, com adesão de hospitais públicos e privados, além | CONSULTA 8 | AMPLA • ABR/MAI/JUN 2018 embusca demais saúde para mamães e recém-nascidos Partoadequado Projeto que envolve hospitais e operadoras de saúde valoriza o parto por via vaginal e seus benefícios para reduzir o número de cesarianas no Brasil Karina Kanashiro

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