Ampla Edição 49

de operadoras de planos de saúde do país inteiro. Nessa fase, observou-se que mais de 10 mil cesarianas foram evitadas. “O Projeto utiliza método científico para testar e implementar mudanças fundamen- tadas em evidências, trabalha com uma abordagem em fases de aprendizagem e ação e com avaliações baseadas em indica- dores ao longo e ao final de cada processo. Os trabalhos são desenvolvidos por meio de sessões virtuais e presenciais e a base de aprendizagem é a troca de experiências entre os profissionais”, explica Priscila. Participação Na Fase 1 do PPA foram selecionados os hospitais e maternidades para participa- rem do projeto-piloto, sendo inscritas 42 instituições, e apenas 2 eram do estado do Paraná. Na primeira fase, as operadoras de saúde também foram convidadas a participar de maneira voluntária, devido à importância do envolvimento dos planos de saúde para o sucesso do Projeto, no que se refere às mu- danças assistenciais nas maternidades. Já a Fase 2, que teve início em 2017, será desenvolvida no decorrer de dois anos. Estão participando hospitais e operadoras de saúde de todo o país que manifestaram in- teresse em apoiar o Projeto. No Paraná, além da Unimed Federação do Estado do Paraná, outras quatro Singulares estão participando do PPA: Unimed Londrina, Unimed Cascavel, Unimed Maringá e Unimed Ponta Grossa. Singulares A iniciativa não prevê o cuidado apenas no momento do parto, mas também durante a gestação e após o trabalho de parto por meio de uma equipe multiprofissional que irá apoiar a gestante e a família. Na Unimed Ponta Grossa, esse trabalho é feito desde 2017 por meio do Curso de Gestantes e da Roda de Gestantes, e por meio da divulgação de informações nas redes sociais. A Singular ainda vai ampliar alguns projetos voltados às gestantes no segundo semestre deste ano. Em Maringá, além do curso para gestan- tes, do estímulo ao parto vaginal e da visita à maternidade, a Singular ainda pratica a remuneração de incentivo ao parto por via vaginal, política que já era válida antes do Projeto Parto Adequado. “Trata-se de remu- neração de honorário médico em duas vezes a tabela TUSS quando realizado o parto por via vaginal, e paga-se para o prestador a mesma taxa de sala de Centro Cirúrgico de quando realizada a cesárea”, explica Leide Szpalir , coordenadora do setor de Recursos Próprios da Unimed Maringá . Há um ano fazendo parte do PPA, a Uni- med Cascavel firmou um Termo de Coope- ração com o Hospital São Lucas . A Singular criou uma infraestrutura física dentro do estabelecimento hospitalar, que recebe as ações do seu Projeto Cegonha, e também participa ativamente de reuniões em que são tomadas decisões sobre o PPA. “Além disso, a Singular repassou recursos financeiros ao 9 A valorização do parto por via vaginal está ganhando espaço na ro- tina de muitos hospitais pelo Brasil. Desde 2015, quando iniciou o Projeto Parto Adequado, cerca de 10 mil cesarianas foram evitadas. A iniciativa tem sido apoiada pela classe médica e pelas operadoras de saúde. AMPLA • ABR/MAI/JUN 2018 | RESUMO O Cegonha é umprograma da Unimed Cascavel que conta comequipemultiprofissional e oferece dicas de saúde para uma gravidez saudável Beneficiária gestante recebe certificação do Programa Cegonha, que dá orientação às mamães para uma gravidez saudável UnimedMaringá oferece curso de gestantes como objetivo de orientar as mamães sobre cuidados na gestão e comos recém-nascidos Felipe Sá Ferreira obstetra do Hospital e Maternidade Maringá __________________________ O Hospital e Maternidade Maringá, após o ingresso no Projeto Parto Adequado, tem investido em ações para a me- lhoria da assistência ao parto e nascimento e estímulo ao Parto Vaginal seguro. Medidas muitas vezes simples e com baixo custo operacional, po- rém com resultados positivos. Entre as ações estão a melho- ria estrutural da sala de parto, com aquisição de cama “PPP” (pré-parto, parto e pós-parto) e cardiotocógrafo sem fio (o que dá maior mobilidade para a parturiente durante a reali- zação do exame de cardioto- cografia, quando necessário). Reuniões periódicas de equipe multidisciplinar participante do Projeto Parto Adequado têm sido importantes para a condução das ações e propos- tas de melhoria. Modificações e criação de protocolos assis- tenciais, como a de analgesia de parto, aleitamento materno precoce e alojamento conjun- to desde os primeiros minutos de nascimento, associados à criação do Curso de Gestantes (oferecido trimestralmente nas dependências do Hospital) têm contribuído para uma assistência cada vez melhor e com maior qualidade.

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