Ampla Edição 55

Dr. Google Chama o Hiperconectados, pacientes trazem nova perspectiva para o atendimento médico e novidades exigem jogo de cintura profissional Pela tecla do computador ou no deslizar do touch do celular, o indivíduo tornou-se mais do que nunca, protagonista de sua história. Seja na atualização do status na rede social, na busca rápida no navegador sobre qualquer motivação, ou no aplicativo que lembra qual horário e qual remédio deve tomar. A tecnologia deixou de ser um artefa- to para se tornar uma extensão do próprio corpo. Não seria exagero dizer que somos praticamente ciborgues. Nesse cenário, vão surgindo exemplos de que a área da saúde está mudando simultaneamente. Na Inglaterra, por exemplo, a Inteligência Artificial (IA) auxiliou na criação do Babylon Health. O aplicativo possui um sistema treinado capaz de sugerir possíveis diagnósticos e indicar se é ou não necessário buscar uma opinião (humana) especializada. Isso é possível por meio de uma simples busca do usuário utilizando o smartphone. Embora seja uma realidade, ainda há muita controvérsia entre os especialistas sobre essa autonomia. Nos Estados Unidos, por exemplo, a agência que regulamenta alimentos e medicamentos no país (FDA- Food and Drug Administra- tion, agência federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos), recentemente, liberou o uso do Natural Cycles , aplicativo sueco que diz prevenir a gra- videz, ou seja, seria equivalente ao anticoncepcional, porém, digital. Em 2017, o app sueco já havia sido aprovado como “dispositivo médico” pela União Europeia. Ainda assim, em termos de efetividade, o produto é questionado. No Brasil, de acordo com informações da Agência Brasil, o aplicativo desenvolvido pelo Ministério da Saúde, o Digi- SUS, já foi baixado por 1,2 milhão de pessoas e está há três anos em funcionamento. Por meio da ferramenta, o usuá- rio pode acompanhar suas consultas, visualizar o histórico de solicitações e a posição na fila do Sistema Nacional de Transplantes, entre outras funcionalidades relacionadas à saúde pública. O app também permite que os pacientes do SUS atuem como fiscais dos serviços prestados por meio da avaliação do atendimento realizado, assim como denunciar fraudes de qualquer local do país. Atendimento além da receita Segundo uma pesquisa encomendada pela seguradora Bupa ao Instituto Ipsos e à London School of Economics, oito em cada dez brasileiros usam a internet para buscar infor- mações sobre sua saúde, seja para pesquisar sobre médicos, hospitais ou medicamentos. Ou seja, não há como negar que Giorgia Gschwendtner TECNOLOGIA 28 AMPLA OUT/NOV/DEZ 2019

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