Revista AMPLA 48

A utilização de ferramentas como a Inter- net das Coisas (IoT) e a Inteligência Artificial (IA) mostram a força e o avanço tecnológico presentes nas diversas atividades da vida hu- mana. Além de otimizar tarefas relacionadas ao nosso dia a dia, a transformação digital mostra- -se cada vez mais uma peça fundamental para empresas no desenvolvimento de produtos e serviços. É a partir desses novos conceitos que os negócios estão se reinventando, em busca da otimização de resultados, criação de experiên- cias e inovações de gestão. William Procópio dos Santos lembra que a inovação sempre foi uma característica do ser humano. “Invenções que transformaram o modo como vivemos hoje, demoraram séculos para se concretizar. O que muda agora é a velocidade com que as coisas estão acontecendo, com a in- formação e o conhecimento sendo transmitidos de uma forma instantânea, imediata”. Procópio destaca os anos 40, “no qual um grande brasileiro, Monteiro Lobato escrevia que no futuro as palavras seriam transmitidas pelo ar como essência de perfumes, e as cartas seriam armazenadas em espécie de bobinas elétricas. Citava em seus contos, um aparelho imaginário chamado porviroscópio, já que era um excelente neologista. As grandes invenções sempre foram palco de grandes disputas por autoria, isso porque mesmo antigamente, havia de fato uma cons- trução coletiva do conhecimento, mas os vários possíveis autores, agiam como se sua invenção fosse fruto de um esforço intelectual individual, o que não é verdade. Ninguém inventou indivi- dualmente o avião ou a lâmpada elétrica”. Em nossa época, não é diferente. Os movi- mentos para a inovação também são coletivos. Segundo a Associação Brasileira de Startups (ABStartups), até julho de 2017, erammais de 4,2 mil instituições do tipo no país. Mesmo com a crise, os empreendedores mostraram a aposta em Reinvenção coma transformação digital A tecnologia traz benefícios e desafios e exige novos comportamentos. No setor de saúde, a complexidade dos processos interfere bastante na inovação Laura espada | TECNOLOGIA 12 | AMPLA • JAN/FEV/MAR 2018 diferentes modelos de negócio com tecnologia avan- çada, o que resultou na notável ascensão do setor. Esse fato contribui para que o país seja visto hoje como um dos principais polos para esse tipo investimento. A discussão sobre a terminologia startup ainda é grande, mas em resumo nada mais é que um grupo de pessoas à procura de um modelo de negócios repetível e escalável, trabalhando em condições de extrema incerteza. Na prática Algumas iniciativas têm como objetivo fomen- tar a criação de startups na área de saúde. Esse é o exemplo do programa hiPUC Health Innovation, que surgiu de uma visita à Universidade de Stanford, no Vale do Silício, na Califórnia. Lá, os pesquisadores acreditavam que esse tipo de produto poderia fun- cionar no Brasil e verificaram as potenciais universi- dades que poderiam ofertar o programa com essas características. “Mesmo sendo incubado desde 2012, o pro- grama vem sendo formatado nos últimos quatro anos. A iniciativa é direcionada à área de disposi- tivos médicos, tanto hardwares quanto softwares, para o desenvolvimento de soluções de saúde para pessoas reais com necessidades reais”, explica o co- ordenador do programa hiPUC, Marcello Pillonetto . Segundo o especialista, uma das principais carac- terísticas é o fato de as equipes serem multidisci-

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