Revista AMPLA 48

8 | AMPLA • JAN/FEV/MAR 2018 Controlededoençasdesafia cenário atual emotiva inovações Saúdes pública e suplementar buscam recursos e estratégias para que a área possa avançar na gestão de epidemias, a fim de garantir qualidade de vida à população Giórgia Gschwendtner As epidemias acompanham a evolução huma- na desde os primórdios e desafiam a área da saúde com impacto direto no desenvolvimento da sociedade urbanizada. No Brasil, o antago- nista mais recente é o mosquito Aedes aegypti, que ganhou notoriedade como transmissor da dengue, mas representa um risco por também disseminar outras doenças como a febre amarela urbana, o zika vírus e a chikungunya . Entre agosto de 2016 e janeiro de 2017, foram confirmados 366 casos de dengue, dez casos de chikungunya e dois casos de zika , de acordo com boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa). Na avaliação do infec- tologista e membro do Conselho Regional de Medicina do Estado do Paraná (CRM-PR), Alceu Fontana Pacheco Junior , o principal desafio no cenário atual é o controle do mosquito. “Preci- samos ser mais efetivos. Ainda temos muitos pontos nos quais há grandes chances de proli- feração dos insetos e, consequentemente, das doenças”, analisa. Segundo o gerente de Estratégia e Regulação de Saúde da Unimed Paraná, Marlus Volney de Morais , o que vem ocorrendo expõe uma fra- gilidade da área e deve ser um alerta. “O recru- descimento de algumas doenças que, até então, estavam sob controle, demonstra que há falhas nos processos de prevenção e prova que esta- mos sendo confrontados com organismos vivos que, como nós, buscam manter a sobrevivência de suas espécies”. Em 30 cidades do estado, foram disponibili- zadas doses da vacina contra dengue para 300 mil pessoas desde agosto de 2016, logo após o surto da doença. No caso do zika vírus, está sendo desenvolvida uma vacina pelo Instituto Evandro Chagas (IEC) e há expectativas de um excelente resultado em campo. HEPATITEs Simultaneamente a esse quadro, outras enfermidades crônicas virais agudas, como a Hepatite B, vêm igualmente sendo tratadas por meio de vacinação, o que deve garantir a imu- nização de todas as crianças nos próximos 20 anos. “Assim como avançamos no tratamento da Hepatite C, que hoje conta com um tratamento altamente resolutivo de pouco efeito colateral, estamos na expectativa de que isso se repita no caso da B”, comenta o conselheiro do CRM. Outra doença que se enquadra nesse perfil epidêmico é a AIDS - controlada atualmente por meio de medicamentos -, que hoje é um proble- ma eminente. Porém aqueles que já estão em tratamento possuem uma carga não detectada do vírus, e com isso não são mais transmissores, o que auxilia no controle. | Especialidades

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