Revista AMPLA 48

9 AMPLA • JAN/FEV/MAR 2018 | Precisamos ser mais efetivos. Ainda temos muitos pontos nos quais há grandes chances de proliferação dessas doenças Paralelo aos avanços na área de pesquisas e aplicações técnicas, o governo paranaense vem investindo na mudança do modelo de atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS), justamente para se adequar à nova realidade da po- pulação. “Estamos estruturando o sistema de atendimento em redes de atenção à saúde primária, retirando o sistema fragmentado”, comenta o consultor em Saúde Pública, Eugênio Vilaça Mendes, que está auxiliando o projeto no Paraná e em outras 10 regiões do país. Por meio desse formato, o objetivo é baixar o custo, além de cumprir a função da saúde pública de melhorar a qualidade de vida das pessoas. Em Curitiba, estão distribuí- das 110 unidades de atenção à saúde e a cobertura tam- bém se estende pelo estado. “Dessa forma, ninguém chega ao especialista ou hospital sem ser encaminhado por uma unidade de atenção primária. Para se ter ideia da eficiência: apenas 10% de todo atendimento será encaminhado para essa próxima etapa, por isso a redução de custo e a melhor resolutividade nos atendimentos”, pontua Mendes. Neste ano, o projeto inicia a integração dos hospitais em rede. LEITURA DIFERENCIADA Na saúde suplementar, as mudanças também são evidentes com um atendimento que anteriormente era rea- tivo. “O que está mudando é, em primeiro lugar, a proposta de um modelo assistencial mais racional que procure aten- der às necessidades das pessoas de forma ágil e coordena- da, buscando evitar que se perca a oportunidade de afastar agravos indesejáveis e, ao mesmo tempo, antecipar ações preventivas que tragam real rigidez. Isso, por consequência, traz melhor qualidade de vida”, explica o gerente de Estra- tégia e Regulação de Saúde da Unimed Paraná. Com essa leitura diferenciada, de acordo com Volney, é possível até mesmo estabelecer o desenvolvimento de conhecimentos agregados por robustos sistemas de informações que permitem antecipar o surgimento e a multiplicação de doenças. “Nesse sentido, tem se procu- rado estabelecer planos de saúde que contam com um autocuidado eficiente para preservar a qualidade de vida. No campo específico de cada especialidade, tem havido produção científica exponencial e um grande aumento de opções terapêuticas com tecnologia instrumental e por inteligência artificial”, explica. No caso específico da Unimed Paraná, entre os investi- mentos e apostas que têm sido colocadas em prática estão: mudança no modelo assistencial para modelos personali- zados; identificação e prevenção do aumento de eventos de caráter endêmico ou epidêmico; monitoramento da carteira de portadores de doenças crônicas não-transmissíveis por profissionais de saúde; desenvolvimento de sistemas de informações com inteligência artificial; educação continuada dos profissionais envolvidos na assistência e na gestão dos processos internos; forte relacionamento com entidades envolvidas na assistência, tanto da área de saúde como do judiciário; forte relacionamento com a população por ações em vários públicos e também com os contratantes para torná-los parceiros na gestão de saúde das carteiras de clientes; incentivo e proposição de ações de saúde que tenham evidência de benefício às pessoas, visando, especial- mente, a conscientização sobre o autocuidado. Em constante evolução, profissionais da saúde pública e suplemen- tar buscam inovação para superar o desafio iminente de doenças e a manutenção do bem-estar da popula- ção. Pesquisas na área e gerenciamento de informações são tendências. RESUMO

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