Revista Ampla 67

OUT / NOV / DEZ 2022 AMPLA 17 CAPA das operadoras estão em contratos coletivos empresariais o que aponta que, caso a economia cresça, mais empregos podem ser gerados e mais planos de saúde podem ser ofertados como benefício trabalhista. Assim, acredita Rebello que todos e o país ganham. “O crescimento do setor de saúde suplementar se relaciona com a saúde pública de várias formas, por exemplo, havendo um aumento de pessoas na saúde suplementar, o valor per capita daqueles que dependem exclusivamente do Sistema Único de Saúde (SUS) aumenta. Vale destacar que as despesas com saúde representam mais de 9% do Produto Interno Bruto (PIB). Segundo o IBGE, em 2019, despesas de saúde com regimes privados representaram 5,4% do PIB e regimes públicos, 3,9%”, complementa o presidente da ANS. Somado à questão econômica, Joaquim ainda traz uma reflexão para a necessidade de olhar a particularidade de cada região do Brasil, a fim de promover uma oferta condizente com as várias realidades. “É preciso ter um olhar menos mediano nas análises e entender as questões regionais do nosso país. Existem muitos movimentos em linha para atender localidades nas quais não se disponibiliza facilmente a saúde. Assim, observamos um crescimento dos produtos low cost, a fim de tornar possível ofertar no mercado um plano médio, em torno de R$ 200, dando acesso à saúde”, destacou o especialista. Portanto, a saúde brasileira, seja privada ou pública, para além da incorporação tecnológica, precisa pensar a gestão como observa Joaquim, aperfeiçoada paralelamente à redução dos custos, gerando a sinergia necessária para a sustentabilidade do setor. “O Brasil faz três vezes mais ressonâncias do que os países europeus e norte-americano. Precisamos revisar O principal desafio para a questão do financiamento da saúde suplementar é o mesmo que vale para todo o Brasil: aumentar o nível de atividade econômica e de emprego. Além disso, esse setor precisa ter seu marco regulatório revisado (...) José Cechin Paulo Rebello observa no crescimento do setor de saúde suplementar o benefício do aumento do valor per capita daqueles que seguem atendidos pelo SUS isso, voltando aos bancos acadêmicos e trabalhando mais a gestão, pois somos abastecidos de excelentes profissionais e precisamos ajustar para garantir uma saúde sustentável”, pondera.

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