Revista Ampla 67

OUT / NOV / DEZ 2022 AMPLA 33 DIAGNÓSTICO A alimentação e menopausa A alimentação na menopausa pode ser uma aliada da mulher, segundo a nutricionista Vanessa Ceccatto, pois ajuda no alívio dos sintomas desconfortáveis como as ondas de calor (fogacho), suor noturno, insônia, irritabilidade, cefaleia, mudança da libido, secura vaginal e às vezes alterações na memória e depressão. Além de contribuir para correção da deficiência hormonal e suprir a necessidade nutricional com a ingestão de cálcio, vitamina D, zinco e magnésio. A dica está em evitar alimentos processados e ultraprocessados (industrializados), açúcares, gorduras trans e saturadas, fast-foods, enlatados, embutidos, frituras e excesso de sódio. “O bom funcionamento intestinal também é essencial para absorção dos nutrientes, por isso, o uso de alimentos probióticos e prebióticos é recomendado”, explica. A profissional recomenda uma dieta baseada em comida fresca e natural, como frutas, legumes, peixes, azeite, oleaginosas, grãos e cereais. Também o consumo da sojaorgânica e seusderivados, ricos emfitoestrógeno. E, ainda, alimentos ricos em ômega 3, como sardinha, atum, linhaça e chia. Além disso, o ciclo das sementes é um protocolo natural para a regulagem dos hormônios femininos (ver na imagem). Apesar das dicas, cada mulher precisa ser cuidada de forma individualizada, o que só um profissional pode fazer. mulher nessa fase. “Esse também pode ser um período de outras mudanças, como aposentadoria, casamento de filhos, viuvez, separação, morte dos pais, relação com o próprio corpo e sexualidade, entre outros. Então, além do tratamento médico, é preciso também buscar pessoas que sejam pontos de apoio positivos”, considera. No entanto, ambas as profissionais afirmam que é possível aumentar as chances de passar por esse momento de forma tranquila, caso a mulher cultive hábitos saudáveis, como uma dieta balanceada, atividade física regular com fortalecimento muscular, exercícios para memória e função cerebral, correção de desníveis hormonais, hábitos de higiene do sono, exames de rotina e, ainda, profissionais que escutem atentamente a paciente. E alertam: a menopausa não deve ser encarada como uma doença: “Não é o fim da vida, mas um período importante dela. Depois disso, ainda há muito o que se fazer. É um momento valioso para apresentar novos conceitos para uma vida equilibrada”, pondera Elaine. Também é uma oportunidade para repensar escolhas e o ritmo de vida da mulher. “Precisamos lembrar que, no nosso mundo atual, a maioria das pessoas está muito acelerada, com um ritmo de vida intenso e, muitas vezes, as mulheres são valorizadas apenas quando produzem muito, seja em casa ou no trabalho. A menopausa é um período da vida que pode vir para desacelerar e, com isso, ser uma oportunidade de olhar para si e para a própria vida. Não é motivo de medo ou vergonha, é um processo natural e uma oportunidade de buscar novos prazeres e expressões. Procure um médico para conversar mais sobre o seu momento de vida”, finaliza Camila. A médica de família Camila Berti diz que terapias complementares podem auxiliar com os sintomas da menopausa Segundo a nutricionista Vanessa Ceccato, é importante ter uma alimentação fresca e saudável nessa fase, evitando os alimentos processados O protocolo de ciclagem de sementes ajuda a regular naturalmente os hormônios

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