Conexão Cooperado | Nº 18

Os Conselheiros Fiscais reúnem-se quinzenalmente, uma delas exclusivamente para análise do balancete. Procuramos avaliar distorções significativas nos gastos, emcomparação comos meses anteriores, apurar altera- ções na sistemática de cobranças ou pagamen- tos, conferir solicitações de cooperados para afastamento temporário ou desligamento do quadro de médicos, bem como verifi- car quem são os postulantes a ingressar na Cooperativa. Também verificamos contratos empresariais e, enfim, todas as dú- vidas que surgem nos debates entre os conselheiros são encaminhadas à Diretoria, na forma de memorando, solicitando esclarecimentos, provi- dências, averiguação, correção ou ou- tras medidas cabíveis para manter a saúde financeira da nossa Cooperativa, fundadora do sistema Unimed. A Diretoria nos responde por meio do mesmo me- morando e, em sendo satisfatória a resposta, damos por encerrada a questão. Caso persistam dúvidas, os conse- lheiros convidam, para participar da reunião e prestar esclarecimentos, o diretor, o gerente, o gestor ou algum funcionário responsável pelo setor referente ao ques- tionamento, respeitando o Organograma da Cooperati- va, para total esclarecimento e resolução da demanda. Temos controlado intensamente os vultosos gastos com a quimioterapia, sendo alguns deles inevitáveis, e talvez desconhecidos da maioria dos cooperados. A Unimed de Santos temcontratados dois farmacêuticos exclusivamente para manipulação de quimioterápicos endovenosos. Após aberto o frasco em local apropria- do (capela) e preparado para uso, o medicamento per- de a sua estabilidade em, no máximo, seis horas, não podendo ser refrigerado. Ou seja, se a ampola puder beneficiar cinco pacientes, por exemplo, e, naquele dia, somente um puder comparecer, por motivos di- versos, quatro doses serão desperdiçadas. O gasto médio com a perda de estabilidade gira em torno de R$ 50 mil mensalmente, já reduzido em rela- ção ao ano passado coma tentativa de agendar, nomes- mo dia, os pacientes usuários da mesma medicação. Em suas atribuições, o que o Conselho Fiscal não tem como solicitar à Diretoria é o controle da SINIS- TRALIDADE, e nem a Di- retoria tem como fazê-lo. Em julho passado, volta- mos a ter um crescimento desproporcional de despesas médicas, atingindo 92%, sendo que, neste ano, navegávamos tranquilamen- te ao redor de 85%, com um excelente janeiro de 71%. Nunca é demais lembrar que a sinistralidade é quanto a cooperativa gasta em relação a quanto arre- cada. O ideal é, no máximo, 85% de gasto com con- sultas, exames, internações, cirurgias, materiais ci- rúrgicos, medicamentos, entre outros. Sobrariam 15% do arrecadado para despesas administrativas, onde o recomendado é não exceder 10%, o que vem ocorren- do sistematicamente, estando ao redor de 7,5%. Nesta condição, restariam 7,5% para utilização na construção do nosso Centro Médico. Reiteramos: depende somente dos médicos coopera- dos o controle da sinistralidade, evitando a realização de exames desnecessários, “sópara confirmar oudescartar”. E por falar em Centro Médico, os conselheiros fis- cais estiveram, juntamente com a Diretoria, visitando a construção, em agosto. Na oportunidade, verificamos o adiantado da obra, com materiais de primeiríssima qualidade, com toda estrutura do ar condicionado central finalizada, tubulações hidráulicas e elétricas também instaladas e revestimento já em andamento, nos andares inferiores. A previsão é de conclusão das obras de infraestru- tura em janeiro de 2020, e a partir daí nosso Centro Médico será liberado para receber aparelhagem, mo- biliário e, em breve, nós, cooperados. 11 CONEXÃO COOPERADO F ANO III F Nº 18 Cooperado, vamos juntos controlar a sinistralidade e regar nossos projetos

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