Conexão Cooperado | Nº 18

preços baixos, entrando e se fortalecendo em localidades onde a Unimed, tradicionalmente, sempre foi hegemônica. Na Unimed Santos, pela política de qualidade dos serviços, amplitude da rede prestadora e objetivo de remu- nerar dignamente o médico, nossos planos de saúde têm valor mais alto. Embora a equação relacione-se ao custo -benefício, não podemos ir além do que já cobramos, pois há o limite físico do bolso de quem paga. Vamos refletir sobre a questão que nos mobiliza: como verticalizar mantendo a essência do cooperativismo médico? Na Unimed Santos, estamos adotando e executando, em nossa macro estratégia, a verticalização da máquina, e mantendo o nosso foco maior, que é dar trabalho ao mé- dico cooperado. Todos precisam refletir: a máquina ter- ceirizada, associada à caneta do médico, é fator crucial de elevação da sinistralidade. Então, nosso modelo de verticalização tem relação direta com a máquina, que consome recursos crescentes e impede que o cooperado seja sempre melhor remunerado. Ao integrarmos uma cooperativa, o pensamento deve ser de união de forças para que todos ganhem. Leiamnesta edição sobre os investimentos para dotar nosso novo Centro Médico de equipamentos de primeiro mundo. Estamos trabalhando muito, cooperado, para uma Unimed Santos forte, que oferece trabalho para seu médi- co, busca pagar dignamente e até distribui sobras. A estabilidade da Unimed Santos é a sua estabilida- de, caro colega. Convido cada um a acompanhar de perto nosso trabalho e entender nossos propósitos. Estejamos juntos, busquem se apropriar de informações sobre a sua Unimed. Você, cooperado, é nossa prioridade e o nosso foco, e nossas ações tornam reais as palavras. CONEXÃO COOPERADO F ANO III F Nº 18 3 Verticalização da máquina como estratégia uito interessante como a verticalização, na saúde suplementar, é estratégia que a cada dia ganha mais força. Para se ter uma ideia, no recém-lança- do Valor 1000, anuário que aponta as maiores empresas do País, foi publicada matéria jornalística sob o título “Custo menor com redes próprias”, e subtítulo “A verticalização é uma das armas do setor para enfrentar a inflação médica em alta”. No que se refere ao cooperativismo de trabalho mé- dico, a verticalização, com a criação de rede própria de serviços médico-hospitalares, pode parecer um paradoxo. À primeira vista, aparenta conflitar com os princípios bá- sicos que orientam o modelo de organização. Afinal, como praticar a verticalização, mantendo nossos propósitos de exercício liberal da medicina e liberdade de escolha pelo paciente? Antes de responder, vejamos como é frenética a po- lítica de verticalização dos nossos concorrentes. Texto as- sinado pela jornalista Simone Goldberg, no Valor 1000 a que já nos referimos, traz dados importantes. Para come- çar, aponta um dilema: enquanto a inflação oficial, indica- da pelo IPCA, ficou em 3,75%, no ano passado, a inflação médica, que aponta a variação dos custos médico-hospi- talares, atingiu 17,3%. A diferença é gritante. Para enfrentar o cenário, a chamada verticalização entra em cena e assume proporções gigantescas na ação de nossos concorrentes. A Hapvida, grupo brasileiro se- diado em Fortaleza, encerrou 2018 com lucro líquido de R$ 788,3 milhões, concentrando na rede própria 95% das internações e 76% dos exames laboratoriais e de imagem. E quer mais, porque ofertou ações, obteve montante de R$ 2,3 bilhões e, com o dinheiro, quer fortalecer ainda mais a rede que já possui. A NotreDame Intermédica fechou 2018 com lucro lí- quido de R$ 334,1 milhões, inaugurou laboratório próprio, no ano passado, e neste ano já adquiriu o Grupo Ghelfond, especializado em medicina diagnóstica, com 11 unidades próprias na capital e Grande São Paulo. Também adquiriu a Greenline, com 460 mil vidas, entre outras aquisições. O que nós bemsabemos é que a concorrência, quando cria os serviços próprios, paga pouco para o médico, con- segue custo assistencial menor e com isso vende planos a Dr. Claudino Guerra Zenaide Cooperativismo busca saída para resolver a equação “ ” Concorrência é frenética na ampliação da rede própria “ ” M

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