Revista Unimed BR | Edição 44

jan | fev 2020 | 31 ATENÇÃO À SAÚDE cuidado de saúde passa a ser medido pelos resultados alcan- çados, não pela quantidade ou pelo volume de serviços presta- dos. Mudar a atenção do volume para o valor é o desafio central”, explica a gerente de Gestão de Saúde da Unimed do Brasil, Lu- cia Cristina Manoel de Macedo. Segundo ela, já existem iniciati- vas no Sistema Unimed atrela- das ao conceito VBHC, tais como a adoção do modelo de remune- ração DRG (Grupo de Diagnós- ticos Relacionados), implantado ou em processo de implantação em várias cooperativas Unimed, assim como o modelo assisten- cial de Atenção Integral à Saúde ou APS, também já estabeleci- do em algumas Unimeds e em franca expansão. De acordo com o diretor de Gestão de Saúde da Confede- ração, Orlando Fittipaldi Junior, tais projetos devem estar vin- culados a uma plataforma de dados, o Registro Eletrônico de Saúde (RES), para obter todo o suporte necessário no processo de cuidado e autocuidado do paciente, além da plena gestão de saúde. “Redes de atendimen- to que executam os serviços certos, no local certo, com as “Valor” é um termo do latim que significa “riqueza”, oriundo da palavra “valere” que, por sua vez, tem o sentido de “ter um cor- po forte” ou “apresentar saúde boa”. Diante dessa breve análise morfológica, é possível enten- der o propósito do Value Based Health Care (cuidado em saúde baseado em valor): controlar os custos assistenciais e melhorar a qualidade da assistência à saú- de e seus resultados. Idealizado por Michael Porter, economista e pesquisador da Universidade de Harvard, o VBHC começou a ser discutido em 2004 e, atualmente, é um dos tópicos mais importantes na transforma- ção dos serviços de saúde, visto que a medicina opera em um am- biente em rápida evolução. “Como o valor depende dos re- sultados, não dos insumos, o pessoas certas são essenciais e precisam de um sistema de tecnologia da informação que suporte a carga de informações sobre o paciente”. O cenário atual requer mudanças para garantir a sustentabilidade financeira do sistema de saúde brasileiro. Se nada for feito, o cus- teio demandará 25% do Produto Interno Bruto (PIB) em 20 anos, hoje, o País destina 9% do PIB a essa área. O Instituto de Medi- cina Americano indica que des- perdícios e fraudes podem com- prometer até 25% do custeio da saúde, o que leva à necessidade de análise e planos de ação que reduzam e impeçam essa prática. Para Lucia, o valor para o pacien- te não pode ser avaliado consi- derando apenas o nível de com- plexidade do hospital, local de atendimento, especialidade mé- dica ou procedimento médico. Os resultados do atendimento são informações importantes, que permitem ao paciente decidir qual a melhor opção para rece- ber assistência médica específica à sua condição clínica, como por exemplo: onde receber cuidados assistenciais e quem deve prestá- -los, com base nos melhores des- fechos clínicos obtidos. Valor = Resultados em saúde importantes para os pacientes Custo da entrega desses resultados Despesa Desperdício Tempo

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