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A esclerose múltipla (EM) é uma doença do sistema nervoso central, de natureza autoimune e crônica. É a enfermidade neurológica que mais afeta jovens adultos (20 a 40 anos) no mundo, a maioria mulheres. O Agosto Laranja foi instituído para sensibilização sobre a doença, e o 30 de agosto ganhou força de Dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla.
Os esclarecimentos foram prestados pelo médico neurologista Mauro Gomes, que é cooperado da Unimed Santos e membro titular da Academia Brasileira de Neurologia. Em artigo sobre o tema, o especialista, que também é professor de Neurologia da Universidade Metropolitana de Santos – Unimes – aponta estatísticas, informa sobre sintomas da doença e destaca a importância do diagnóstico precoce. Segue abaixo a íntegra do conteúdo que elaborou.
“A Organização Mundial de Saúde (OMS) estimou a prevalência de 15 casos para 100 mil habitantes no Brasil, segundo dados de 2013. O número é inferior àquele registrado no Hemisfério Norte, mas superior ao estimado na Ásia. A Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (ABEM), referindo-se a um total absoluto, estima que cerca de 40 mil brasileiros são pessoas com esclerose múltipla.
Mesmo assim, a moléstia ainda é pouco conhecida e divulgada no Brasil. Por isso, o Agosto Laranja coloca a Esclerose Múltipla no centro das atenções. A AME – Amigos Múltiplos pela Esclerose, que idealizou o mês, busca fomentar o diagnóstico precoce e a qualidade de vida, o acolhimento, o respeito e a dignidade para quem convive com a doença, para seus familiares e amigos.
SINTOMATOLOGIA
A EM é decorrente de mecanismos inflamatórios, que afetam a bainha de mielina, estrutura que reveste as células nervosas. Por isso, também é conhecida como doença desmielinizante, podendo lesionar o cérebro, o tronco cerebral, a medula espinhal e os nervos ópticos.
Os sintomas clínicos são muito variáveis, dependendo da área atingida. O próprio nome da doença já remete ao fato de serem múltiplas as possibilidades de sintomas. Alterações visuais, distúrbios sensitivos e danos da motricidade são os mais comuns. Fadiga, piorada pelo calor, também é um sintoma bastante prevalente, entre outros.
Não existe causa específica, e o início da doença parece estar relacionado a predisposição genética, combinada com fatores ambientais, que funcionariam como gatilhos.
A questão dos gatilhos ambientais ainda não está muito clara, mas infecções virais (mononucleose), obesidade, tabagismo e níveis baixos de vitamina D prolongados, além da exposição a substâncias químicas, são relatados, principalmente durante a adolescência.
DIAGNÓSTICO
No que se refere ao fato de as mulheres terem maior propensão a desenvolver a esclerose múltipla, pode-se falar em dois a três casos no público feminino, para cada homem afetado. Embora a população mais atingida situe-se na faixa entre 20 e 40 anos, a moléstia pode se manifestar em qualquer fase da vida. Tem sido observado que 30 anos é a idade média de diagnóstico.
O diagnóstico é baseado na avaliação clínica, observando-se o comprometimento do sistema nervoso, que pode ocorrer em forma de surtos, com duração de alguns dias, ou evoluir progressivamente. Estudos com ressonância magnética, exame de líquor, além de exames de sangue, também são importantes na investigação.
Estabelecer diagnóstico precoce torna-se muito importante, pois a doença é crônica e, até o momento, não há cura. No entanto, os tratamentos mais modernos melhoraram em muito a qualidade de vida dos pacientes.
TRATAMENTO
A base do tratamento é o uso de medicamentos que atenuam a atividade das células imunológicas, que estão com seu papel invertido, atacando as células do próprio indivíduo. Portanto, o cuidado deve ser individualizado.
A relevância de diagnosticar precocemente a EM e de cuidar adequadamente do paciente tornam o Agosto Laranja e o 30 de agosto da maior importância para alertar, e evitar danos, por vezes irreversíveis, ao sistema nervoso central.
Para quem não possui plano de saúde, o SUS conta com a Política Nacional de Atenção ao Portador de Doença Neurológica, destinada a pacientes com esclerose múltipla e demais doenças neurológicas.
Para aqueles que se enquadram nos critérios clínicos e nas diretrizes terapêuticas, o SUS deve ofertar procedimentos clínicos e de reabilitação, bem como medicamentos específicos para tratamento da esclerose múltipla”.
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