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Voltar Blitz da Conscientização da Doação de Órgãos
Sensibilizar as pessoas da importância da doação de órgãos é o motivo principal da campanha do “Setembro Verde”. Pensando nisso, o Hospital Unimed Costa do Sol organizou a Blitz da Conscientização da Doação de Órgãos que aconteceu no dia 24 de setembro de 2024, às 9 horas, no Calçadão do Centro de Macaé. A Blitz foi organizada pela Comissão Intra-Hospitalar para Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT) com o objetivo de incentivar e conscientizar a população sobre necessidade da doação de órgãos.
“Setembro Verde é um mês de conscientização. Muitas pessoas precisam dar sequência à vida e, para isso, eles precisam, em algumas situações, de um órgão. Então, se cada um conversar com a sua família e conversar sobre o assunto, a gente vai conseguir um número maior de doadores e ajudar essas pessoas”, foi o que explicou Dr. Vitor Baptista Tardin, Presidente da CIHDOTT Unimed Costa do Sol, nessa manhã de caminhada.
A doação de órgãos ainda é um tabu e são inúmeras as dúvidas que surgem para a população quando esse processo cruza a vida das pessoas. Um único doador pode salvar a vida de diversos pacientes, pois é possível doar mais de um órgão, além de tecidos. Entretanto, as filas de espera para receber um órgão ainda são longas. Segundo dados do Ministério da Saúde, de janeiro a setembro de 2023, 3.060 doações se efetivaram, totalizando 17% a mais em comparação com 2022, o que totalizou 2.604.
“A caminhada é importante para conscientizar a população de que não há nenhum documento, nenhuma certidão, na verdade a autorização é dada pela família. A família, no momento do óbito, é que vai definir e decidir se aquela pessoa vai ser doadora ou não”, reforçou Dr. Vitor Tardin. A decisão da doação de órgãos ocorre ainda no Hospital, quando o médico dá a notícia do óbito. Se houver a indicação de captação dos órgãos, a família deve definir se vai autorizar ou não. “A decisão é da família e, por isso, a importância de conversar no seu núcleo familiar sobre esse assunto”, explicou o Dr. Vitor.
Para Viviane Porto, Coordenadora de Enfermagem do HUCS, essa ação é importante para conscientizar a população sobre a doação de órgãos e tecidos porque hoje em dia quem decide é a família. “Não adianta só no momento do óbito se pensar nisso. A gente precisa trabalhar isso na família, dentro de casa. Educar as pessoas sobre a doação de órgãos. Falar sobre isso de forma leve com as crianças, com os adolescentes, dentro das faculdades, porque se ocorrer as pessoas já saibam o que fazer”.
Durante a caminhada, muitas pessoas puderam contar suas histórias de esperança para conseguir um órgão. “Tem um guarda municipal aqui no calçadão que nos contou que a filha dele está esperando na fila do transplante de rim. Uma filha de 24 anos. E ele disse: ‘Poxa, que importante esse trabalho que vocês estão fazendo hoje. Eu estou com uma filha, na fila, esperando para receber um rim’. Então, é por isso a importância dessa ação, de conscientização da população, pois o seu sim pode fazer a diferença na vida de outra pessoa”, explicou Viviane Porto.
A doação de órgãos e tecidos é um gesto nobre. A família, em meio a dor da perda de uma pessoa querida, decide por ajudar quem mais precisa. Uma atitude que salva vidas e traz esperança a quem está na fila do transplante.
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