Rouquidão: um sinal de alerta
“Se não há melhora em uma semana ou duas é porque tem algo diferente”, diz médico
Texto:
Unimed Campo Grande
14 de fevereiro, 2023

Caso o problema se prolongue por mais de duas semanas, é necessário procurar um médico que possa examinar a laringe e as cordas vocais para entender a causa do problema e buscar o tratamento adequado.
Simples cuidados no dia a dia fazem toda a diferença. Por isso, não abrir mão das boas práticas e fazer um check-up médico periodicamente quando algum problema persistir são atitudes essenciais.
Dr. Pedro Ricardo Dias, otorrinolaringologista da Unimed Campo Grande, dá informações importantes sobre o assunto.
A rouquidão
É uma situação bastante comum e significativa para a nossa saúde, inclusive, é um tema que tem desdobramentos, além de uma representatividade na saúde como um todo, que chama atenção. Afinal de contas, a voz é a representação mais típica da comunicação humana. Então, com uma voz comprometida, a pessoa pode correr o risco de comprometer a interação.
Comunicação: ferramenta de trabalho
A comunicação, cada vez mais, move nosso dia a dia em várias frentes: comunicação no trabalho, na família. Estar com a voz boa também garante uma melhor qualidade na comunicação, sem interferências, o que, por sua vez, nos torna muito mais capazes de ter eficácia nesta comunicação.
Rouquidão x Afonia x Disfonia
Rouquidão: é um termo usual, que foi incorporado à prática médica, mas que tem mais significado para as pessoas que não são da área da saúde. É uma variação que deixa a voz rouca, fraca, falha, diferente do padrão da pessoa
Afonia: é, literalmente, estar sem voz. É aquela pessoa que em um dado momento não tem som nenhum, é como se ela ficasse tentando cochichar
Disfonia: nada mais é que uma distorção do nosso normal. Usualmente a disfonia também se refere à variação de condições. Uma voz que é um pouco mais rouca é uma disfonia, tanto quanto uma voz que falha enquanto a pessoa está conversando
Por que ficamos roucos?
Qualquer interferência nas estruturas de nosso corpo, que interagem diretamente com a produção da voz, pode levar à rouquidão. A pessoa que tem um problema respiratório, quando em crise, pode ter uma alteração na voz. Os que tiveram sequelas da Covid-19 podem ter menos condições de produzir uma voz normal. Tem também os casos das pregas vocais, na qual qualquer lesão nesta estrutura pode alterar a voz, como por exemplo, um resfriado, um acidente, uma doença gástrica com refluxo, pessoas enfraquecidas, entre outros.
Uso incorreto da voz
É importante separar dois grupos de pessoas que podem ter problema com a voz, dependendo da rotina, como:
- 1º grupo: profissionais da voz, como: comunicadores, locutores, professores, leiloeiros, feirantes, cantores, atores, entre outros. Se este grupo não estiver com a voz íntegra, não consegue produzir no dia a dia.
Nesta turma há o uso intenso da voz e a pessoa às vezes nem sabe que isso trará uma doença para ela, se dando conta apenas quando vê que não rende mais tão bem e que houve um comprometimento na capacidade produtiva. A recomendação é ficar sempre atento e ter visitas regulares ao otorrino
- 2º grupo: pessoas com uso abusivo da voz, como: torcedores de jogos de futebol, entre outros. Aqui, há um desgaste grande, em que a musculatura entra em estafa, podendo machucar a prega vocal. Há, então, um trauma transitório e eventual
Tempo de rouquidão
A rouquidão que perdura é uma anomalia absoluta. Se não há melhora em uma semana ou duas, no máximo, é porque tem algo diferente.
Rouquidão prolongada
Fumantes (cigarros eletrônicos e cigarros tradicionais) e inalantes de produtos químicos regulares (venenos e produtos químicos de limpeza pesados) são grupos muito acometidos pela rouquidão. O que deve ser levado em consideração é que a voz é o primeiro sintoma de um grupo grande de cânceres da via respiratória.
O câncer de faringe, por exemplo, uma boa parte das lesões iniciais não vai gerar dor e falta de ar, mas vai ter como primeiro sintoma a rouquidão.
Prevenção
Para o grupo “profissionais da voz”, para que melhorem o desempenho é importante:
- Ter técnica eficiente
- Fazer treinamentos com um fonoaudiólogo
- Usar microfone
Dicas de cuidados para manter a saúde vocal em dia
- Hidratar-se constantemente
- Evitar o álcool destilado e o fumo
- Fazer aquecimento vocal
- Evitar competir com ruídos externos durante a fala
- Evitar pigarros
- Incluir maçã na dieta
Para saber mais sobre o assunto acompanhe ROUQUIDÃO: UM SINAL DE ALERTA no podcast Cuidar de Você, da Unimed Campo Grande. Basta conferir abaixo:
Meio século de história
Já são cinco décadas de uma história escrita pelas mãos de médicos cooperados, colaboradores, clientes e pessoas que acreditam na Unimed Campo Grande. Esses 50 anos de existência, lutas e conquistas serão celebrados no dia 12 de maio, data em que é reforçada a trajetória do nascimento de um novo conceito em saúde para nosso estado.
Inúmeros desafios foram enfrentados, mas diversas conquistas foram alcançadas para que hoje a cooperativa médica chegasse à posição de maior plano de saúde de Mato Grosso do Sul. Desde a sua criação, em 1973, os propósitos da Unimed CG continuam sendo a busca constante por cuidado, crescimento e inovação, a fim de proporcionar a melhor assistência à saúde aos seus beneficiários e ser um porto seguro aos médicos cooperados, para que exerçam sua profissão com autonomia e, assim, continuem dialogando de forma democrática os rumos da saúde. Isto é a base do nosso cooperativismo, focado fundamentalmente no ser humano.
Aqui tem esperança. Aqui tem vida. Aqui tem Unimed.