Dia Mundial sem Tabaco: associado a 50 doenças, tabagismo já é considerado pandemia - Unimed Cerrado

Dia Mundial sem Tabaco: associado a 50 doenças, tabagismo já é considerado pandemia

Médica de família e comunidade da Unimed Cerrado, Dra. Sarah Sant’Anna, explica malefícios e aponta formas seguras de combater e se livrar do vício
        31 de maio, 2024



Dia 31 de maio foi escolhido como Dia Mundial sem Tabaco. Os esforços globais se relacionam ao fato de o tabagismo já ser considerado uma pandemia pela Organização Mundial de Saúde (OMS), ou seja, uma epidemia generalizada que precisa ser combatida. No Brasil, ainda que medidas de combate ao fumo tenham obtido resultados expressivos na redução do hábito nocivo, atualmente, mais de 70% das mortes são atribuídas às doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) e o ato de consumir cigarros ou outros produtos que contenham tabaco, cuja droga ou princípio ativo é a nicotina, está associado ao aumento de risco para esse grupo de doenças.

Cabe ressaltar que o tabagismo pode ser praticado de diferentes maneiras, sendo inalado (cigarro, charuto, cigarro de palha, cigarros eletrônicos, narguile), aspirado (rapé) e até mascado (fumo de rolo). Contudo, a Dra. Sarah Sant’Anna, médica de família e comunidade da Unimed Cerrado, ressalta que sob todas as formas ele é maléfico à saúde.

“Os problemas gerados pelo hábito do tabagismo afetam não apenas o fumante ativo. Também temos a figura do fumante passivo, indivíduos não fumantes que são inalantes da fumaça gerada pela queima do tabaco por outra pessoa no mesmo ambiente. Ele também pode desenvolver diversas patologias”, pontua.
 

Tabagismo e doenças associadas


Como a médica explica, a literatura médica aponta o tabagismo como causa de cerca de 50 doenças diferentes, principalmente as cardiovasculares como hipertensão, infarto, angina e derrame. “O hábito também é responsável por muitas mortes por câncer de pulmão, de boca, laringe, esôfago, estômago, pâncreas, rim e bexiga, bem como por problemas respiratórios como a bronquite crônica e o enfisema pulmonar”, esclarece.

Mais do que isso, a Dra. Sarah frisa que o consumo do tabaco também diminui as defesas do organismo e, com isso, o fumante tem risco aumentado de adquirir doenças como gripe e tuberculose, e de desenvolver impotência sexual.
 

Dicas para lidar com o vício


Embora o combate ao tabagismo seja uma diretriz global, lidar com o vício não é tarefa simples. No entanto, a médica de família e comunidade da Unimed Cerrado lista diferentes métodos disponíveis no mercado para ajudar na luta contra o tabagismo:

-> Goma de mascar com nicotina: pastilhas que liberam pequenas doses de nicotina diminuindo os sintomas da abstinência;

-> Skin patches: pequenos adesivos que são colados à pele e liberam mais nicotina do que a goma de mascar;

-> Spray nasal: esta solução libera menos nicotina que a goma e os adesivos, mas chega mais rápido ao sistema circulatório;

-> Inalante: o inalante tem a mesma forma do cigarro. Isso leva o indivíduo a achar que está fumando, pois imita o gesto mão-para-boca, porém com 1/3 da nicotina do cigarro;

-> Bupropriona: este é um método sem nicotina. Trata-se de uma droga antidepressiva que auxilia nas crises de abstinência.

Contudo, a médica Sarah Sant’Anna reforça que antes de aderir a qualquer um desses métodos, a pessoa que deseja se livrar do vício deve se consultar com um profissional de saúde, seguindo a receita médica e fazendo acompanhamento regular.
 

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