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Voltar Você precisa saber: Transtorno do Espectro Autista (TEA) e a Comunicação
O Transtorno do Espectro Autista (TEA), com frequência, está associado a déficits na comunicação e dificuldades nas interações sociais em diversos contextos, como, por exemplo, iniciar uma conversa e compartilhar interesses, emoções e afetos. Além disso, são comuns manifestações comportamentais de rigidez e estereotipias.
Desta forma, um portador do espectro autista também pode apresentar prejuízos e atrasos na linguagem, enfrentando dificuldades para iniciar ou manter um diálogo, produzir a fala com vocabulário limitado ou de difícil compreensão. Isso faz com que a comunicação alternativa seja um recurso valioso para reduzir impactos negativos dos sintomas e contribuir para o desenvolvimento da criança.
Fonte: Freepik
A comunicação alternativa melhora tanto a compreensão quanto a expressão das crianças, ajudando-as a expressar desejos e sentimentos, reduzir o estresse, diminuir comportamentos inadequados e desenvolver a fala. Para a prática, existem diversos instrumentos que podem auxiliar a desenvolver e a facilitar a comunicação, como: PECs, Softwares, Cartões Visuais e Placas com imagens.
A ferramenta PECS (Picture Exchange Communication System) consiste em um álbum de figuras que a criança seleciona para mostrar ao mediador (podendo ser um terapeuta, familiar ou professor) o que precisa.
Softwares em tablets ou celulares, por sua vez, permitem que a criança selecione imagens que são convertidas em sons. Cartões visuais auxiliam nas atividades diárias, como o uso do banheiro, apresentando instruções passo-a-passo. Já as placas ou pranchas com imagem, ajudam na rotina da criança, mostrando a sequência de atividades ao longo do dia, como as terapias e a ida à escola, facilitando as transições entre tarefas.
Essas ferramentas de comunicação alternativa são essenciais para promover a autonomia e a inclusão social das crianças com TEA, para que haja interação eficaz com seus pares e adultos. Segundo a psicóloga especialista em TEA, Solange Carvalho:
"É comum que autistas com maiores níveis de suporte, tenham dificuldade na
capacidade de verbalizar, necessitando de auxílio para sua comunicação social.
Portanto, é de extrema importância promover a inclusão social e a
diversidade da comunicação, por intermédio da comunicação alternativa."
É importante lembrar que o uso adequado dessas ferramentas requer a orientação de profissionais especializados, como terapeutas, que podem personalizar os instrumentos de acordo com as necessidades individuais de cada criança. A colaboração entre familiares, educadores e profissionais da saúde é fundamental para garantir que a comunicação alternativa seja integrada de maneira eficaz na rotina da criança.
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