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Voltar Mitos e verdades sobre o cigarro eletrônico
Disfarçados por uma infinidade de sabores e aromas, os cigarros eletrônicos dão, à primeira vista, a ideia de serem uma boa alternativa ao cigarro, principalmente por parecerem inofensivos à saúde. Os vaporizadores, como assim também são chamados, ganharam espaço muito rápido, principalmente entre os mais jovens.
Por ser mais prático, ter uma aparência mais tecnológica e atrativa e não causar aquele incômodo do cigarro tradicional – sobretudo pela diferença de odor -, os eletrônicos passaram a ser socialmente aceitáveis em diversos ambientes, principalmente em festas e eventos.
Os cigarros eletrônicos fazem mal à saúde?
Verdade
Segundo o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), os Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEFs) não são seguros e possuem substâncias tóxicas além da nicotina. Sendo assim, o cigarro eletrônico pode causar doenças respiratórias, como o enfisema pulmonar, doenças cardiovasculares, dermatite e câncer.
Ainda de acordo com o INCA, estudos mostram que os níveis de toxicidade podem ser tão prejudiciais quanto os do cigarro tradicional, já que combinam substâncias tóxicas com outras que muitas vezes apenas mascaram os efeitos danosos
Os cigarros eletrônicos não causam dependência?
Mito
Por conterem nicotina, os cigarros eletrônicos causam dependência, assim como o tradicional. E a diferença nem está tanto na concentração da substância. Segundo o INCA, foram encontrados nos líquidos utilizados nos dispositivos uma quantidade de 0 a 36 mg de nicotina por mililitro, sendo no cigarro normal permitido apenas 1 mg de nicotina por mililitro.
Nesse sentido, os usuários dos DEFs também podem se considerar fumantes.
Existe o risco de explosão?
Além da intoxicação, existe ainda o risco de explosão. Segundo estudo sobre os cigarros eletrônicos realizado pelo INCA e Ministério da Saúde, os DEFs já foram responsáveis por casos de explosões com danos físicos e materiais às vítimas. Os relatos descritos no documento relacionavam o incidente a problemas com a bateria do cigarro.
Os cigarros eletrônicos ajudam a parar de fumar?
Por também conter nicotina, a dependência permanece. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), não há comprovação de que os cigarros eletrônicos ajudem a interromper o vício. É importante destacar que algumas pessoas podem ainda associar o uso do eletrônico com o tradicional.
O cigarro eletrônico tem a composição diferente do tradicional?
Os DEFs possuem uma bateria que aquece a solução líquida e que gera o vapor. Por não existir a combustão dos derivados do tabaco, como acontece com o cigarro tradicional, os dispositivos eletrônicos não possuem monóxido de carbono. Além disso, ele também não contém alcatrão na composição.
A ausência dessas duas substâncias colabora com a ideia de que ele é seguro. Mas apesar disso, ainda há a presença de outras substâncias tóxicas e a alta concentração de nicotina, que fazem com que o cigarro eletrônico seja ofensivo.
A comercialização dos DEFs é liberada no Brasil?
Desde 2009, os cigarros eletrônicos são proibidos no Brasil pela ANVISA. A justificativa é de que não existem estudos que comprovem a segurança na utilização dos DEFs, além de serem extremamente atraentes para os mais jovens, que tendem a aderir ainda mais ao produto.
Assim como o cigarro eletrônico, o narguilé também caiu no gosto das pessoas por conta das essências. Mas nesse caso, ele faz tão mal quanto o cigarro normal?
Diferente do cigarro eletrônico, o narguilé tem como base o tabaco e também vem de uma fonte de combustão. Isso significa que, além da nicotina, ele tem monóxido de carbono e alcatrão, assim como o cigarro tradicional.
Dependendo do tempo de sessão, o narguilé pode equivaler a fumar mais de 100 cigarros. Acontece que existe o fator socialização nessa história, dando destaque para a presença massiva do aparelho em bares e festas. Desse modo, é difícil imaginar uma sessão que dure menos que 1 hora.
Tipos de Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEFs):
Cigarros eletrônicos: a bateria aquece a solução líquida (e-liquids), com ou sem nicotina (em diferentes concentrações), e produz um aerossol que o usuário inala. Outras substâncias psicoativas também têm sido utilizadas, como o tetrahidrocanabidiol (THC) e o canabidiol (componentes da maconha). A composição e a concetração de nicotina nos líquidos variam de acordo com o fabricante.
Cigarros aquecidos (também chamados de Heet ou HeatStick): a bateria aquece um pequeno cigarro, que produz um aerossol contendo nicotina e outros produtos químicos. Cada Heet apresenta aproximadamente a mesma quantidade de nicotina que um cigarro comum.
Vaporizadores de ervas secas: aquecem o tabaco picado ou outras ervas, produzindo um aerossol.
Produtos híbridos: possuem características de cigarros eletrônicos e de vaporizadores de ervas secas. Possuem dois tipos de reservatórios: um armazena ervas e o outro, os líquidos.
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