Notícias

Voltar Vamos combater o fumo? Precisamos conversar sobre os riscos

https://www.unimed.coop.br/site/o/sites-theme/images/cards-noticias/noticias-padrao.png

Vamos combater o fumo? Precisamos conversar sobre os riscos

Mais do que conscientizar, o principal objetivo é reforçar os perigos dessa prática à saúde. Especialista explica os riscos e formas de prevenção.
        30 de agosto, 2024

A última semana de agosto conta com o Dia Nacional de Combate ao Fumo, data que visa destacar os riscos à saúde que podem ser causados por essa prática. De acordo com dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), o tabaco mata mais de 8 milhões de pessoas a cada ano, sendo 7 milhões dessa parcela devido ao uso direto do tabaco e aproximadamente 1,2 milhões referente aos não-fumantes, expostos ao fumo passivo. De acordo com o dr. Jaime Baetas, médico pneumologista e cooperado da Unimed Guarulhos (CRM 63007), além do tabagismo ser reconhecido como doença, é responsável pelo desenvolvimento de mais de 50 doenças, que ele chama de tabaco relacionadas, e podem abreviar o tempo de vida ou trazer limitações físicas aos usuários. O médico ainda esclarece que 85% dessas doenças trata-se das pulmonares crônicas, respiratórias, cardiovasculares, como infarto e derrame, e até as neoplasias (cânceres no pulmão, laringe e bexiga).

A alta dependência

Muito se fala da nicotina presente nos cigarros, afinal, é esse o componente que gera alta dependência química naqueles que o utilizam. Porém, os efeitos negativos à saúde decorrentes do hábito de fumar não são apenas por causa dessa substância e sim, pois a cada tragada em um cigarro, são absorvidas cerca de 4.700 substâncias no organismo, entre elas, a nicotina. O médico ainda alerta para os prejuízos ambientais do fumo à saúde dos fumantes passivos – aqueles que convivem com quem fuma.

Os cigarros e a popularização

Sinônimo de status ou até refúgio às emoções, o cigarro é presente na sociedade há muitos anos e apresentado em novas formas no decorrer da história, como é o caso dos cigarros eletrônicos, que surgiram como alternativas para tratamentos antifumo na Inglaterra, mas acabaram não resultando no efeito esperado. Os chamados Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEFs), de acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), abrangem diferentes equipamentos e tecnologias que possuem dispositivos com bateria carregável e refil para utilização, podendo ter diferentes nomes, mas o mecanismo principal é a liberação de vapor no lugar de fumaça, por isso o nome vapes. Podem ser cigarros eletrônicos, pods, e-cigarettes, entre outros.

Ainda que pareçam inofensivos ou até populares, são prejudiciais à saúde da mesma forma que o cigarro convencional. É o que explica o dr. Baetas, em que bastam cinco dias de uso do cigarro eletrônico para causar vício ao usuário. Ele reforça que essa prática tem sido cada vez mais presente entre o público infanto-juvenil e alerta que além do alto nível de nicotina, esse dispositivo contém outros componentes químicos que podem, no decorrer do tempo, afetar a capacidade, a saúde e comprometer o futuro desses jovens. A comercialização, importação e propaganda desse aparelho é proibida no Brasil, mas há discussões sobre a sua regulamentação. “Por isso o perigo de regulamentar, pois as pessoas baixarão a guarda. Ao não regulamentar, ainda existe alguma restrição. O País não está preparado com políticas públicas para tratar as doenças que serão consequência dessa prática”, esclarece.

Além disso, o médico lembra do narguilé, dispositivo que vaporiza o fumo e é, muitas vezes, símbolo de diversão ou socialização com suas diferentes essências, mas também nocivo ao organismo devido às substâncias químicas existentes em sua composição.

Existe solução?

Além das prevenções ao vício, incluindo a conscientização às populações mais jovens, exemplo dentro das famílias, cultivo de bons hábitos como alimentação nutritiva, exercícios físicos regulares e cuidados com a saúde mental, o pneumologista enfatiza que o tratamento antifumo existe e está comprovado cientificamente. “É possível por meio de tratamentos dentro da dependência física, comportamental e psicológica, auxiliar a combater a força do hábito, dependência química e possibilitar uma vida mais saudável, com qualidade de vida, afastando riscos de doenças que possam limitar a vida do fumante”, conclui. Por isso, a importância de buscar ajuda médica ao desejar parar de fumar, em que serão realizadas as condutas adequadas à individualidade do paciente.

O futuro começa agora

Nunca é tarde para dizer não ao tabagismo. Seja ajudando alguém próximo ou tomando a decisão para si, cada dia sem o cigarro pode ser um dia a mais para a saúde e qualidade de vida. Pense. Se informe e decida pela sua saúde. Você não está sozinho!

 

Esse texto foi realizado com conteúdo disponibilizado pelo médico cooperado dr. Jaime Baetas, site da ANVISA, OMS e UNESP.

 

Curta nosso facebook