Notícias


Casal de Joinville para de fumar com auxílio de grupo da Unimed Joinville

Através do Grupo de Tratamento ao Tabagismo, João Carlos e Guaraciaba conseguiram abandonar hábitos
Texto: Isabelle Buzzi
        30 de agosto, 2023

Todos os anos, o dia 29 de agosto, Dia Nacional de Combate ao Fumo, serve como lembrete dos malefícios de um dos vícios mais presentes na sociedade atual, o tabagismo.

O hábito de fumar é reconhecido como uma doença epidêmica que, devido a presença de nicotina, causa dependência física, psicológica e comportamental semelhante ao que ocorre com o uso de drogas como álcool, cocaína ou até heroína.

Ao todo, mais de 4.720 substâncias tóxicas diferentes são inaladas, como monóxid de carbono, amônia, cetonas, formaldeído e acetaldeído, além de outras 43 subsâncias cancerígenas, como arsênio, níquel, benzopireno, cádmio, chumbo e substâncias radiotivas.

Desta forma, em todo o país são realizadas campanhas com o objetivo de reforçar as ações nacionais de sensibilização sobre os danos causados pelo tabaco.

Para compartilhar mais sobre o processo de tomada de decissão e tratamento do hábito, a Unimed Joinville convidou os beneficiários e participantes do Grupo de Tratamento ao Tabagismo, Sr. João Carlos Trisnoski e Sra. Guaraciaba Rosana, que conseguiram, com auxílio do grupo, abandonar o vício.
 



João Carlos: 
"Soubemos pelo Plano sobre o Grupo [de Tratamento ao Tabagismo]. Nós já estávamos pensando em parar de fumas mas, sozinhos ficava muito difícil."
 

Guaraciaba: “Eu fumava desde criança, desde os 13 ou 14 anos, acendendo o cigarro do meu pai. Sempre com vontade de parar mas não conseguia, mesmo com problema cardíaco. Ainda vai completar 2 meses que fiz a cirurgia cardíaca e, um pouco antes, eu já estava diminuindo - como dizia meu marido, eu já estava de parabéns. A gente procura hoje qualidade de vida. Na nossa fase, um adulto, ou quase um idoso, saudável, é uma família saudável. Ter alguém doente na família por uma doença causada por um malefício como esse, é pior ainda, ainda mais por algo que podemos corrigir.”

 

“Como vocês decidiram parar de fumar?” 

 

João Carlos: “Eu tive a iniciativa para poder ajudar minha esposa quando soube que ela iria fazer a cirurgia. Como eu sabia que não seria uma jornada fácil, eu comecei antes para ajudá-la e para mostrar que é possível.”

 

Guaraciaba: “Meu marido deixou de fumar de um dia para o outro, e pronto, não fumava mais. Eu continuei fumando, não na mesma intensidade, fui diminuindo pouco a pouco até a cirurgia. Fumei o último da carteira no último dia antes da cirurgia para acabar o cigarro e não comprar mais e daí eu parei e desde então, não voltei.”

 

João Carlos: “Eu nunca devia ter começado, faz muito mal para a saúde. Nós convivemos com amigos que não fumam ou que são ex-fumantes, então você sai e depois volta com cheiro, é muito desagradável. Tem a parte social que torna a convivência complicada, tem a parte familiar… Não tem muitas coisas boas para continuar fumando. Tudo caminha para que você não fume mas, como a sociedade anos atrás até incentivava através de comerciais, existia muita propaganda validando e influenciando esse hábito.”

 

Guaraciaba: “Nós somos do tempo que era ‘chique’. E agora inverteu.”
 

João Carlos: “Eu cheguei a fumar com o cigarro em uma mão e o giz na outra - às vezes até me confundia e colocava o giz na boca, então veja de que época eu sou, da onde eu vim, como era tratado. Hoje, você não pode nem fumar em local fechado, já existe até uma lei. Não tinha preocupação sobre os fumantes passivos e hoje nos preocupamos.” 
 

Guaraciaba: “Fumávamos antes até no hospital!”
 

João Carlos: “Até no avião!”
 

“E como foi participar do Grupo de Tratamento ao Tabagismo da Unimed Joinville?” 

 

João Carlos: “O acolhimento foi perfeito, além de participarmos das palestras, eu fiz um check-up que foi fantástico. Foram feitos vários exames e, em um deles, foi encontrada uma alteração pequena no pulmão e lógico que o fumo estava envolvido com isso, acendendo mais um alerta e preocupação. Se já tínhamos a intenção, foi mais um motivo para pararmos de fumar. Além disso, ouvimos vários relatos. Uma pessoa que veio aqui, falou uma coisa que me chocou muito, ele disse assim: ‘Vocês já foram intubados em função, não de COVID mas, do cigarro?’, este depoimento foi muito forte, pois ser entubado por algo que você decide usar, é chocante. Ele internado, toda a família sofrendo, é muito triste. O grupo é importante para trazer à luz todos estes temas e que fumar não levará a nenhum caminho a não ser o pior. É importante saber como se alimentar melhor já que você está abandonando este vício…”

 

Guaraciaba: “Esse grupo foi um incentivo pra gente. A convivência com outras pessoas nos fez começar a nos colocar no lugar dos outros, tem histórias muito piores que a nossa: circulação, coração, problemas vasculares, entre outros.“

 

João Carlos: “Tendo mais pessoas, como encontramos neste grupo, foi bem interessante. Ouvimos muitos casos e o nosso também não deixou de ser uma história que hoje é uma história em que conseguimos realizar o que nos propusemos.”

 

“Como foi para vocês ao pararem? Vocês tiveram grandes dificuldades?” 

 

Guaraciaba: “Eu sinto falta. Acho até que sinto mais falta que ele. Cheguei a sonhar que eu tinha uma carteira de cigarro na bolsa e lembro da marca nitidamente e tudo. Mas, eu não fico morrendo de vontade como se o mundo fosse acabar - não, não tenho mais isso. Imagina eu, com uma cirurgia cardíaca e fumando… com certeza eu iria morrer sufocada. É um processo devagar e você vive um dia de cada vez. Afinal, o cigarro fez parte da minha vida, isso não se apaga. Eu ainda sou fumante porque faz muito pouco tempo que deixei, mas eu não pretendo mais voltar. Não existe ex-fumante, se eu sentir cheiro de cigarro, não posso prometer que eu não vá querer. Reforço que este grupo foi muito importante neste estágio. Até incentivo que outras pessoas que passaram por isso ou que estejam passando, que venham para o grupo.”

 

João Carlos: “Eu já vinha sofrendo problemas respiratórios mas eu não queria assumir que era culpa do cigarro - você nunca quer dizer que é algo que você pensa que está te fazendo bem. O cigarro estava me fazendo mal, mas eu continuava fumando. Eu saía da parte de trás da casa para ir até a parte da frente, eu já sentia a respiração pesada e não queria admitir. Agora que deixei, estou cada dia melhorando, cada dia uma conquista e me sinto melhor. Estou fazendo várias coisas que não me dão cansaço como antigamente. À noite, eu nunca senti de puxar o ar e sentir meu pulmão; parece um frescor, o ar entra fresquinho. O cigarro atinge diretamente o pulmão e hoje minha respiração é muito diferente. Se você respira normalmente, você não percebe a diferença, mas é muito bom. Além da parte econômica, enquanto usávamos não era relevante, mas se você pensa em gastos de 1 mês ou 1 ano, você tem um gasto desnecessário que poderia ser guardado ou usado para viajar.”

 

“Como tem sido o processo em deixar de fumar?” 

 

João Carlos: “É sofrido. Acordo de manhã, tomo meu café e o que eu vou fazer?“

 

Guaraciaba: “Acabamos nosso cantinho do cigarro com o cinzeiro. Eu não cheguei a falar para meus filhos, não quis fazer propaganda mas eles mesmos estão percebendo. Não acredito que as pessoas devam influenciar as outras a deixarem de fumar; para mim, funcionou quando eu mesma tive a consciência que eu queria deixar, tem que partir da gente, da própria pessoa.”

 

João Carlos: “É algo muito pessoal.” 

 

“O que vocês gostariam de compartilhar para quem também deseja parar de fumar”

 

Guaraciaba: “Procure ajuda. Nós, por exemplo, fomos incentivados através do Unimed Personal. Eu resisti, não vim… as enfermeiras e médicas me ligavam mas aquele momento não era o momento ideal para mim. Depois que eu e meu marido começamos a conversar em casa, começamos a enxergar o mal que estava nos fazendo, tanto para o organismo quanto para os nossos filhos (que não fumam) e netos. Tem que insistir para as pessoas participarem do grupo e procurarem ajuda. Todos que fumam e estão neste momento passando por isso que já passamos - não só doentes, devem participar sim.”

 

João Carlos: “Eu tive a oportunidade de participar do grupo e por compartilharem seus relatos. Eu vejo que não sou o único que fala que o cigarro faz mal, eu vi no grupo vários outros relatos. É importante vir no grupo e conhecer essas histórias.”

 

Guaraciaba: “É preciso ver o que acontece em volta.”

 

João Carlos: “O sofrimento do outro, muitas vezes, é o que faz as pessoas entenderem.”

 

Guaraciaba: “É importante não ver apenas o seu lado mas desenvolver a empatia, ver o lado do outro. E, no final, eu espero que eu consiga [parar de fumar]. Eu vou conseguir!”

 

João Carlos: “Nós vamos!“

 

Grupo de Tratamento ao Tabagismo Unimed Joinville

 
A Unimed Joinville oferece um grupo de apoio para seus beneficiários que desejam parar de fumar. 


Com 4 encontros, sendo 1 por semana, o grupo conta com abordagem multidisciplinar e técnicas que irão auxiliar na cessação do tabagismo com participação ativa e técnicas de relaxamento.

Entre os temas abordados estão: 

  • autoconhecimento;
  • amadurecimento da decisão;
  • primeiros dias sem cigarro;
  • estratégias para manter-se livre do cigarro;
  • controle da ansiedade e do estresse;
  • técnicas de relaxamento.

 

 


Para se inscrever, entre em contato com os canais abaixo: 

Telefone: (47) 3441-9714

WhatsApp: (47) 99904-2057 - opção 7 (Programas de Promoção à Saúde)
De segunda a sexta-feira, das 08h às 17h.

*Programa exclusivo para beneficiários Unimed Joinville

 


Referências:
ALVES, B. / O. / O.-M. Tabagismo | Biblioteca Virtual em Saúde MS. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/tabagismo-13/#:~:text=O%20h%C3%A1bito%20de%20fumar%20%C3%A9>.