Os cuidados paliativos (CP) são parte fundamental dos serviços de saúde integrados, com foco no paciente oncológico e em sua rede de apoio.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), consistem em uma abordagem promovida por equipe multidisciplinar, que objetiva a melhoria da qualidade de vida do paciente e de seus familiares diante do câncer, por meio de prevenção e alívio do sofrimento, avaliação e tratamento da dor e de demais sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais.

É preciso desmistificar a ideia de que os cuidados paliativos somente são adotados quando não há mais possibilidade de intervenção. O encaminhamento deve ser precoce, mesmo que o paciente ainda esteja em tratamento oncológico. Eles podem estar associados ao tratamento que objetiva a cura do câncer, assumindo papel importante quando existem sintomas de difícil controle e causadores de sofrimento. 
Segundo a Associação Americana de Oncologia Clínica (ASCO), todos os pacientes em tratamento de câncer com sintomas de difícil controle, em qualquer fase da doença, e pacientes oncológicos em estágio avançado (com metástases) devem ser encaminhados a equipe de cuidados paliativos.

• Integrar os aspectos psicossociais e espirituais dentro dos cuidados ao
paciente e à família;
• Promover o alívio da dor e dos demais sintomas;
• Ofertar um sistema de apoio para ajudar a lidar com a doença em ambiente domiciliar; 
• Usar a abordagem interdisciplinar para acessar as necessidades do paciente e da família.

É pertinente ressaltar que a implementação dos serviços de cuidados paliativos traz inúmeros benefícios comprovados cientificamente por estudos clínicos importantes e publicados em revistas renomadas, pontuando a melhora assistencial.

Considerando todos os aspectos referidos nesse texto, entende-se que a implementação do serviço de CP e o acompanhamento em conjunto do paciente oncológico por esse serviço faz toda diferença.


Dra. Carolina F. Ziller