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odos os anos no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, cerca de 30% dos idosos com mais de 60 anos sofrem, pelo menos, uma queda acidental. Desses, 50% ficam com a mobilidade reduzida e necessidade de tratamentos secundários, muitos pelo resto da vida e 20% morrem no primeiro ano após a fratura.
Segundo dados publicados na Revista de Saúde Pública, dos idosos que sofrem queda,1,8% têm fraturas de quadril e fêmur e 31,8% precisam passar por cirurgia para colocação de prótese. O que representa ainda um alto gasto hospitalar para a saúde pública e privada. Com base nesta realidade, uma health tech brasileira, a Techbalance, desenvolveu uma tecnologia que é capaz de ajudar a prevenir quedas de idosos.
Com ajuda de um simples celular, que é preso na cintura do idoso, o aplicativo consegue medir a predisposição para quedas, avaliar o equilíbrio postural e autonomia motora de pacientes com 60 anos ou mais. Com um kit fornecido pela startup (cinta, celular, degraus e passadeira), o paciente faz alguns movimentos que são captados por sensores do smartphone (acelerômetros, magnetômetros e bússolas digitais) e analisados pelo algoritmo do aplicativo.
Ao final do teste, o paciente recebe no e-mail um riquíssimo relatório com orientações que podem ajudar no gerenciamento da fragilidade e minimizar o risco de quedas, além de servir de suporte para o médico propor tratamentos e tomar a melhor decisão clínica.
“A Techbalance ajuda a resolver um grande problema, embora pouco falado, que são as quedas de pessoas com mais de 60 anos. O impacto é imenso, tanto na vida e na saúde da pessoa idosa, que normalmente tem complicações, quanto nos custos gerados para o sistema de saúde com internações e tratamentos”, afirma a fundadora e CEO da Techbalance, Fabiana Almeida.
Esta nova tecnologia é a aposta da Unimed São José do Rio Preto para reduzir despesas de até R$1,6 milhão por ano com o tratamento de vítimas deste tipo de problema, tão comum na terceira idade. Com investimento relativamente baixo, a Unimed Rio Preto tem a expectativa de evitar um custo anual na casa de R$400 mil com assistência a idosos vítimas de quedas. A partir de junho, 124 idosos frágeis começarão a utilizar o equipamento.
“Pensar e trazer inovação para dentro da cooperativa é algo fundamental para a sustentabilidade do negócio. Buscar parcerias como esta com a Techbalance será uma necessidade daqui para frente. São inovações como esta que irão transformar o mercado e a qualidade de vida das pessoas”, explica o membro do Conselho de Administração da Unimed Rio Preto responsável pela área de Inovação e Tecnologia da Informação, Henrique Gandolfi.
“Estamos vivenciando um momento de transformação digital e inovação na Unimed Rio Preto, nos aproximando de startups, universidades, parques tecnológicos, para buscar produtos e mecanismos inovadores que realmente contribuam para melhorar a experiência dos pacientes e modernizar nosso modelo de negócio. Um processo contínuo e sem volta que irá mudar completamente o mercado de saúde suplementar nos próximos anos”, explica Gandolfi.
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