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Hoje, a internet é parte integral da vida não só de adultos, mas também de crianças e adolescentes. E entender como elas fazem uso dessa tecnologia e seus impactos práticos na saúde é essencial para obter o melhor dos seus benefícios e prevenir contra consequências negativas.
Neste artigo, vamos falar sobre o comportamento de crianças e adolescentes na internet e quais são os principais sinais de uso excessivo de telas: um ponto de atenção para pais e responsáveis. Compartilharemos, ainda, algumas dicas práticas de como incentivar o uso responsável dessa tecnologia.
Você costuma acompanhar de perto o que o seu filho faz no mundo virtual? Sabe se ele consome conteúdo seguro para crianças na internet? Conhecer seus comportamentos online é uma forma de identificar potenciais riscos à saúde física e mental para, então, orientá-los sobre como fazer um bom uso da tecnologia.
Sobre isso, o levantamento TIC Kids Online Brasil 2023, feito com o apoio da Unesco, traz alguns dados interessantes. Confira abaixo.
95% já acessaram a internet
81% dizem reconhecer quando alguém está sofrendo bullying
97% acessam internet com celular
50% afirmaram que a internet ajudou a lidar melhor com um problema de saúde
82% já usaram a internet para fazer trabalhos escolares
16% já receberam mensagem de conteúdo sexual
60% leram ou assistiram a notícias
9% já receberam pedido na Internet de uma foto ou vídeo em que aparecia sem roupa
Os números confirmam o que todo mundo já sabe: crianças e adolescentes estão cada dia mais conectados. Mas o uso que elas fazem da internet pode ser positivo ou negativo, e isso depende, em parte, da orientação e supervisão de pais e responsáveis.
A internet possibilita avanços e melhorias que facilitam a vida. Se usadas de maneira assertiva, podem ser importantes aliadas no aprendizado, no desenvolvimento de habilidades digitais e até mesmo na inclusão de pessoas com deficiência.
Por outro lado, o acesso irrestrito deixa crianças e adolescentes vulneráveis às consequências negativas, como dependência tecnológica, problemas de desenvolvimento e aprendizado, alterações no comportamento (perda de empatia, irritabilidade e agressividade), transtornos de sono, problemas de relacionamento familiar e social, questões de autoestima, entre outros.
O que pais e responsáveis precisam encontrar é o ponto de equilíbrio, considerando tempo e finalidade de uso.
Um olhar atento ao comportamento da criança e do adolescente permite que pais e responsáveis tomem atitudes em benefício do seu bem-estar. Se o seu filho ou filha apresenta alguns dos sinais abaixo, pode ser hora de acompanhar mais de perto o seu uso de internet e buscar orientação profissional:
Estudos desenvolvidos ao redor do mundo comprovam que a tecnologia influencia comportamentos, podendo causar danos à saúde física e mental. Mas, em vez de impedir que os jovens tenham acesso à internet, é importante educá-los sobre como fazer uso dessa tecnologia de maneira responsável. Abaixo, listamos algumas das principais recomendações de especialistas.
Regras claras - Conversar sobre regras de uso da internet, alertando sobre contato com estranhos e compartilhamento de fotos, vídeos e senhas.
Configurações de segurança - Utilizar aplicativos especializados para limitar o acesso a sites e conteúdos inapropriados.
Monitoramento - Acompanhar o acesso a sites e aplicativos, em especial as redes sociais. Existem diversas opções de aplicativos para crianças na internet, que permitem um uso mais saudável da rede.
Conversa sobre discurso de ódio - Ensinar sobre os perigos das mensagens de ódio, intolerância e bullying.
Incentivar outras atividades - Estimular o exercício físico, jogos fora do ambiente online, brincadeiras ao ar livre e o contato com a natureza.
Convívio social - Aproveitar horas livres e período de férias para reforçar conexões familiares e amizades, fazendo atividades juntos, sem o uso da tecnologia.
Tempo de tela - Limitar o uso de acordo com a faixa etária.
Menores de 2 anos
Nenhum contato
2 a 5 anos
Até 1h por dia
6 a 10 anos
1h a 2h por dia
11 a 18 anos
2 a 3h por dia
Fonte: Sociedade Brasileira de Pediatria
Em vez de proibir a criança de tomar banho de piscina, os responsáveis ensinam sobre os riscos e adotam medidas de proteção, como o uso de coletes. Com a internet não é diferente. Em um mundo cada vez mais digital, proteger a criança e o adolescente das consequências negativas da internet passa por informar, ensinar e monitorar.
Fontes: Comitê Gestor da Internet, Sociedade Brasileira de Pediatria (1, 2, 3, 4, 5), TIC Kids Online Brasil - 2023.
Agência SA 365 | Edição e Revisão: Unimed do Brasil
Revisão técnica: equipe médica da Unimed do Brasil
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