Como amenizar as cólicas do bebê
29 Abril 2019
O nascimento de um filho é sempre um momento mágico para os pais, mas junto com ele vem também angústias em relação aos cuidados que ele exige: como amamentar, como trocar, dar banho. É uma adaptação que acontece a todo o instante. Mas nada é tão doloroso para os pais quanto ver o pequeno se contorcendo de cólica, chorando e agitando as pernas e os braços. É um choro, na maioria das vezes, intermitente e simplesmente inconsolável, que pode acontecer a qualquer hora do dia, embora tende a piorar no fim do dia, deixando os pais de mãos atadas sem saber, ao certo, o que fazer.
Ainda sem causa definida, a cólica pode aparecer em até um quinto de todos os bebês logo após o nascimento (entre a segunda e a quarta semana de nascimento) e dura cerca de três a quatro meses, quando simplesmente desaparece. Segundo os médicos, esses incômodos podem estar, muitas vezes, associados ao ambiente onde o bebê vive, imaturidade do sistema nervoso central, intolerância à lactose, anormalidades em hormônios gastrintestinais, alteração da motilidade e na colonização do intestino. Mas uma parcela médica também associa a cólica à influência do desenvolvimento do tubo digestivo ao longo dos primeiros meses de vida.
Será cólica?
De todo modo, os pediatras avisam que é preciso, primeiro, eliminar outras possíveis causas de choro, como fome, frio, calor, fralda suja. Se, após essas correções, o bebê parar de chorar, pode ficar tranquilo, pois não era a cólica que estava causando a irritação do bebê. Se por outro lado, o mal-estar se intensificar, e/ou se aparecerem outros sintomas como inquietação e irritabilidade, pode ser sinal de cólica.
Antigamente ela era considerada parte do desenvolvimento normal da criança, e algo que não necessitava de nenhum tipo de atenção específica. Hoje em dia, porém, até por conta da ansiedade gerada nos pais e do impacto à qualidade de vida da família, já existem probióticos que são recomendados pelos pediatras e ministrados aos bebês ao longo dos primeiros três meses de vida, tanto como prevenção, quanto no controle do mal-estar.
Como acalmar o bebê em casa
Apesar de muitos dizerem que não há o que fazer além de esperar essa má fase passar, vale a pena tentar algumas alternativas. Mas antes de partir para qualquer estratégia, é recomendado consultar o pediatra e se certificar de que o choro não está relacionado a nenhum outro problema de saúde. Confira algumas dicas:
- Se você estiver amamentando o bebê, procure eliminar os produtos lácteos e a cafeína da sua dieta
- Se ele estiver sendo alimentado com fórmula infantil, informe-se com o pediatra sobre as várias opções do mercado, que podem ajudar a diminuir a cólica
- Se for alguma sensibilidade aos alimentos que estiver causando o desconforto no bebê, a cólica tende a diminuir em poucos dias com essas mudanças
- O contato corpo a corpo e o movimento do colo podem tranquilizá-lo, mesmo tendo o desconforto. Balance-o calmamente, recostado ao seu peito, ou cante para ele, pois a música também tende a acalmar
- Deite o bebê de barriga para baixo em seus joelhos e esfregue as costas dele ou faça massagem em seu abdômen. A pressão contra a barriga pode ajudar a acalmá-lo
- Enrole o bebê com um cobertor fino, para que ele se sinta seguro e aquecido
- Dê um banho morno ou aplique compressas na barriga para aliviar o mal-estar
- Procure deixá-lo em um ambiente calmo, reduzindo os estímulos, podendo até usar uma música suave com o objetivo de tranquilizá-lo
Texto: Fabiana Gonçalves | Edição: Thaís Guimarães de Lima | Design: Alex Mendes e Fernanda Assato
Fonte: Sociedade Brasileira de Pediatra e Hospital Infantil Sabará
Conteúdo aprovado pelo responsável técnico-científico do Portal Unimed.