Um dia você irá se arrepender
12 Julho 2013
A enfermeira australiana Bronnie Ware tem um bom conhecimento no assunto. Isso porque ela é especialista em pacientes terminais, aqueles que já não têm quaisquer chances de cura. O trabalho permite que a enfermeira esteja presente nos últimos dias de vida desses pacientes, hora em que os remorsos de uma vida inteira inundam seus pensamentos. Ware é uma boa ouvinte, e anos de confissões coletadas renderam o livro Antes de Partir: Uma Vida Transformada pelo Convívio com Pessoas Diante da Morte, que reúne as cinco mais comuns. A Revista Superinteressante publicou a lista e a gente repete por aqui:
Nunca o trabalho ocupou uma posição tão importante na história. Hoje em dia, a vida profissional tornou-se o centro de nossas vidas. São 40 horas semanais dedicadas ao emprego, isso se você tiver sorte. Socialmente, o trabalho chega a ser mais importante do que os valores morais de uma pessoa. Já percebeu que quando encontramos alguém pela primeira vez perguntamos o que ela faz antes de qualquer outra coisa? É fato que nosso status vem do campo profissional, mas é melhor puxar o freio workaholic antes que a vida passe sem que se perceba.
Somos um animal social: fato. Seja para arranjar um trabalho ou simplesmente ter alguém pra conversar no Facebook, estamos sempre em busca de manter e fortalecer nossas relações sociais. Em resumo, queremos agradar e ser aceitos em todas as situações. O problema é que isso afeta as nossas decisões, tanto as banais do dia a dia como as que provocam efeitos para o resto de nossas vidas. E aí já viu: o que realmente desejamos acaba ficando de lado, para depois. Será que já não chegou a hora de investir nos seus sonhos?
Quem nunca deixou de expressar o que sentia por medo da reação alheia que atire a primeira pedra. O que poucos se dão conta, porém, é que relacionamentos que não permitem esse tipo de abertura tendem a permanecer superficiais. Falar o que realmente se sente é um passo significativo na saúde da relação, seja ela de qual tipo for.
Uma pesquisa intitulada Grand Study acompanha a vida de 268 ex-alunos de Harvard desde 1937. O estudo mede dados de saúde, bem-estar e escolhas de vida. Pois se observou que, aos 47 anos, o fator que mais prevê a saúde e a felicidade de uma pessoa na velhice são as relações sociais que ela mantém. Os pesquisadores ainda concluíram que idosos de 70 anos que possuem amigos têm 22% mais chance de chegar aos 80. Que tal fazer acontecer aquele encontro que tão facilmente é marcado da boca pra fora?
Chegar ao fim da vida sem a sensação de ter sido feliz é de partir o coração. Muitas pessoas só percebem que a felicidade é uma escolha diária no fim da vida. Mais do que sorte esporádica, a felicidade vem das decisões. É preciso deixar de viver no automático e exercer a felicidade: sabe aquela viagem que você programa há anos? É só ir! Sabe aquele amigo com quem você nunca mais conversou? É só ligar! Ou você vai esperar o fim para chorar o leite derramado?
Aperte o play e inspire-se:
Fonte: Revista Superinteressante e Hospital Albert Einstein
Conteúdo aprovado pelo responsável técnico-científico do Portal Unimed.