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Você já ouviu falar em epidemólise bolhosa?

Você já ouviu falar em epidemólise bolhosa?

Você já ouviu falar em epidemólise bolhosa?

4 Novembro 2013

Recentemente, a famosa coreógrafa Deborah Colker passou por um constrangimento ao embarcar em um avião com seu neto, de 4 anos, que tem uma doença rara que o deixa com bolhas visíveis na pele. A aeronave só foi autorizada a decolar – duas horas após o previsto - depois que um médico da Infraero foi chamado para atestar que a doença do menino não era contagiosa – apesar de ela e sua família terem dado essa informação no momento do check-in.

A patologia em questão é a epidermólise bolhosa. De origem genética ou hereditária, esta doença também pode ser adquirida e trata-se de uma reação da pele (normalmente a formação de bolhas) à falta de adesão entre as células da epiderme.

“A epidermólise bolhosa é um termo aplicado a um grupo de desordens cujas características comuns são a formação de bolhas aos mínimos traumas. As bolhas podem ser encontradas na pele e mucosas, mas outros órgãos também podem estar envolvidos”, explica a dermatologista Nívea Dermartin Barbosa Ruback, cooperada da Unimed Vale do Aço.

Segundo ela, a doença não é contagiosa e suas formas mais graves muitas vezes evoluem para cicatrizes fibrosas, perda dos dedos das mãos e pés, perda de cabelos e dentes, estreitamento de esôfago, entre outros sintomas, podendo levar, inclusive, ao óbito.

“Infelizmente, a patologia não tem cura e o tratamento é muito difícil, sendo necessárias medicações como corticoides em altas doses e imunossupressores para seu controle”, afirma a profissional, acrescentando que a qualidade de vida do paciente pode ficar comprometida por conta das lesões que, muitas vezes, impedem uma rotina normal, principalmente para as crianças. “É imprescindível uma abordagem multidisciplinar com o paciente e apoio psicológico para toda a família”, completa.

Deborah Colker decidiu processar a companhia aérea que expôs seu neto, tendo em vista que o procedimento poderia ter sido realizado antes do embarque.

Para evitar constrangimentos como este, os médicos recomendam que os pacientes ou seus familiares tenham em mãos uma declaração médica de que a doença não traz nenhum risco de contágio.


Ana Carolina Giarrante

Fonte: Unimed do Brasil

Conteúdo aprovado pelo responsável técnico-científico do Portal Unimed.


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