Diabetes
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CONCEITO
O Diabetes é uma doença crônica, que faz com que o pâncreas produza insulina em quantidade insuficiente ou que influencia inadequadamente a forma como o organismo a utiliza.
DIABETES
TIPO 1
Ocasionada pela ausência ou insuficiência de produção de insulina no organismo.
TIPO 2
Há produção de insulina pelo pâncreas, mas as células musculares e adiposas não conseguem utilizá-la para o adequado metabolismo da glicose.
CAUSAS
TIPO 1
O próprio corpo destrói as células beta do pâncreas produtoras de insulina;
Genética;
Vírus.
TIPO 2
Sedentarismo;
Filhos de diabéticos;
Obesidade;
Stress;
Idade acima de 40 anos.
SINAIS E SINTOMAS
TIPO 1
Visão embaralhada;
Infecções repetidas na pele e mucosas;
Ferimentos que demoram a cicatrizar;
Dores nas pernas devido a má circulação;
Cansaço fácil;
Muita sede;
Emagrecimento;
Aumento do apetite;
Urina aumentada.
TIPO 2
Pode ser assintomática;
Infecções frequentes;
Alteração visual;
Dificuldade na cicatrização de feridas;
Formigamento nos pés;
Furunculose.
CRITÉRIOS PARA O DIAGNÓSTICO DE DIABETES
Glicemia após 08 horas de jejum: resultado igual ou maior que 126 mg/dL;
Glicemia após 2 horas de ingestão de glicose (75g): resultado igual ou maior que 200 mg/dL;
Glicemia em qualquer momento: resultado igual ou maior que 200 mg/dL, com sintomas do diabetes.
Fonte: American Diabetes Association, OMS e ANS
PRÉ-DIABÉTICO
Hábitos de vida mais saudáveis podem diminuir em 58% as chances de um pré-diabético tornar-se um diabético, de acordo com estudos realizados na última década.
Glicemia de jejum entre 110 -125 mg/dL.
MEDICAÇÕES QUE INTERFEREM NA GLICEMIA
Existem medicamentos que podem baixar ou elevar a glicemia seja em pessoas com ou sem diabetes.
Algumas das drogas que podem causar hiperglicemia:
Atenolol, benazepril, hidroclorotiazida, captopril;
Clozapina, clortalidona, cortisona, dexametazona;
Enalapril, ácido etacrinico, furosemida, losartam indapamida, indinavir, irbesetan, megestrol, nelfinavir, tacrolimus;
Álcool, anfotericina B, aspirina, cromo, claritromicina;
Diazoxida, dicumarol, glimepirida, glicazida, gliburida;
Ginseng, fluoxetina, interferon beta, osiglitazona, sulfadiazina, streptozocina.
Drogas que podem mascarar a hipoglicemia:
Carvedilol, propanolol;
Todos os beta bloqueadores.
O QUE AFETA O NÍVEL DE GLICOSE?
O que aumenta: comida e dieta, doença, exercício, menstruação, alguns contraceptivos, gravidez, stress, alguns medicamentos.
O que baixa: insulina, exercícios, álcool, menstruação, sexo, medicamentos orais para diabetes.
COMPLICAÇÕES
O não tratamento ou tratamento incorreto da doença faz com que o diabetes evolua para outros males crônicos.
RETINOPATIA DIABÉTICA
Lesão na retina do olho, levando a sangramentos e perda da acuidade visual.
NEFROPATIA DIABÉTICA
Alterações dos vasos sanguíneos dos rins que provocam perda de proteína pela urina e compromete o bom funcionamento dos rins.
NEUROPATIA DIABÉTICA
Causa formigamentos, dormência ou queimação das pernas, pés e mãos, dores locais, fraqueza, atrofia muscular, pressão baixa, distúrbios digestivos, excesso de transpiração e impotência.
PÉ DIABÉTICO
Devido a lesões nos nervos e má circulação sanguínea. Maus cuidados no corte das unhas, higiene e úlceras entre os dedos podem comprometer o membro e levar a amputação.
INFARTO DO MIOCÁRDIO E ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL
Essas complicações ocorrem quando grandes vasos sanguíneos são afetados e causam obstrução de órgãos vitais como o coração e o cérebro.
INFECÇÕES
O sistema imunológico pode estar afetado pela alteração do metabolismo da glicose, aumentando o risco de contrair infecções.
COMPLICAÇÕES NO DIABETES GESTACIONAL
Peso elevado do bebê ao nascer;
Hipoglicemia;
Distúrbios respiratórios;
Prematuridade.
PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES DO DIABETES
Acidente vascular cerebral;
Doença coronariana;
Nefropatia;
Doença vascular periférica;
Neuropatia;
Retinopatia.
PARA GARANTIR O BOM CONTROLE DO DIABETES
Manter a pressão arterial controlada, reduzindo as chances de infarto e derrame;
Manter o colesterol controlado, evitando problemas do coração;
Manter o peso controlado, reduzindo as chances de desenvolvimento de outras doenças, como a hipertensão arterial.
HIPOGLICEMIA
É a queda excessiva do nível de açúcar no sangue, considerada quando a glicose fica abaixo de 70 mg/dL;
Causas: excesso de exercício fisico; falta ou atraso de uma refeição regular; pouca quantidade de alimentos; vômitos ou diarreia, uso de medicamentos que diminuem a glicemia, consumo de bebidas alcoólicas.
Sintomas: fome súbita, cansaço, tremores, tonturas, suores, palpitação, desorientação, visão embaralhada, dor de cabeça, dormência nos lábios e língua.
ALIMENTAÇÃO
A alimentação do paciente diabético deve ser equilibrada, ou seja, conter todos os nutrientes necessários ao organismo: carboidratos, proteínas, sais minerais, vitaminas , fibras e água.
ORIENTAÇÕES BÁSICAS PARA A ALIMENTAÇÃO DE DIABÉTICOS
Preferir sempre os alimentos integrais pois são ricos em fibras e retardam a entrada da glicose na corrente sanguínea;
Fazer de 5 a 6 refeições diárias, evitando ficar um longo período sem se alimentar;
Não consumir nada que contenha açúcar. Substituí-lo por adoçantes;
Optar por apenas um tipo de carboidrato em cada refeição. Já que estes depois de digeridos transformam-se em açúcar;
Preferir sempre comer a fruta do que tomar o suco da mesma, já que a fruta contém mais fibra que o suco;
Evitar frituras e gorduras;
Ingerir os alimentos DIET e nunca os LIGHT;
Dar preferência às gorduras de origem vegetal, como os óleos de canola, girrasol e milho evitando banha de porco, peles de carne, torresmo, bacon;
Ingerir 2 litros de água por dia.
QUAL A DIFERENÇA ENTRE PRODUTOS DIET E LIGHT?
DIET: são aqueles alimentos que tem exclusão de algum tipo de nutriente, mais comumente o açúcar. São utilizados para dietas especiais, como por exemplo as pessoas com diabetes.
LIGHT: são aqueles alimentos que tem redução de 25% de calorias. Essa redução pode ocorrer as custas de carboidratos, proteínas e mais frequentemente de gorduras.
O EXERCÍCIO FÍSICO É BOM PARA VOCÊ
O exercício diminui o nível de açúcar no sangue;
Ajuda a diminuir o stress e ter mais energia;
Ajuda a diminuir e manter o peso adequado;
Ajuda a manter os ossos fortes e o coração saudável.
MALHANDO O DIABETES
A meta preconiza no mínimo 30 minutos diários;
5 vezes por semana;
Antes de iniciar exercícios consulte seu médico;
Estabeleça um horário padrão para a atividade;
Realize uma refeição leve;
Durante o exercício mantenha-se hidratado;
Calçar tênis e meia adequados que não machuquem os pés.
SONO ADEQUADO
Dormir mal é um dos fatores para o desenvolvimento do diabetes e também pode agravar a doença. A falta de sono inibe a produção de insulina pelo pâncreas.
TRATAMENTO DIABETES MELLITUS TIPO 1
Aplicação de insulina;
Dieta específica.
TRATAMENTO DIABETES MELLITUS TIPO 2
Exercícios fisicos;
Medicamentos orais;
Dieta específica.
ANTIDIABÉTICOS ORAIS (comprimidos)
Os comprimidos são frequentemente usados em combinação com outros hipoglicemiantes, principalmente quando tem mecanismos de ação diferentes. Por exemplo: um remédio que melhora a ação da insulina, associado a outro que aumenta a secreção de insulina. Não se deve deixar de tomar a medicação diariamente, nem atrasar os horários para evitar descompensação da glicemia.
TIPOS DE INSULINA
São proteinas idênticas ou semelhantes à insulina produzida pelo pâncreas humano. Tem grande potência na redução do açúcar no sangue.
A insulina NPH é de ação lenta e age controlando a glicemia de jejum, durante o sono e entre as refeições.
A insulina regular é de ação rápida e controla a glicemia pós-prandial (refeições).
LOCAIS DE APLICAÇÃO DA INSULINA
A insulina deve ser aplicada no tecido subcutâneo, para absorção adequada. É importante conhecer os locais corretos e saber utilizá-los. Uma vez que as aplicações serão frequentes é importante também fazer os rodízios dessas áreas para evitar edemas e caroços locais.
LOCAIS DE ABSORÇÃO MAIS RÁPIDA DA INSULINA
Abdome: região abdominal, exceto no espaço entre 3 dedos à direita ou à esquerda do umbigo. Não é recomendado aplicar nem acima nem abaixo do umbigo por ser desconfortável.
Braços: região posterior externa do braço, no espaço entre 3 dedos abaixo do ombro e 3 dedos acima do cotovelo.
Coxas: região frontal e lateral superior da coxa, no espaço entre 4 dedos abaixo da virilha e 4 dedos acima do joelho.
Nádegas: região superior lateral externa do glúteo, tendo como referência a prega interglútea.
CUIDADOS APÓS A APLICAÇÃO DA INSULINA
Não friccionar o local;
Não tomar banhos quentes;
Escolha o local da aplicação de acordo com as atividades físicas a serem realizadas no dia;
Não fazer compressas frias ou quentes.
DICAS E CUIDADOS COM A INSULINA
Nunca exponha a insulina ao sol e evite o calor excessivo;
Não agite violentamente o frasco da insulina;
Manter em geladeira de uso doméstico, acima das gavetas dos vegetais numa temperatura entre 2º e 8ºC;
Evite colocar a insulina na porta, onde há uma maior variação de temperatura;
Não congele a insulina e nunca guarde e transporte junto com gelo seco;
Após a abertura do frasco ou refil poderá permanecer fora da geladeira em temperatura ambiente, de preferência dentro da sua própria caixa;
Nunca utilize insulina com data de validade vencida; ou se apresentar alteração na cor ou aspecto turvo;
Caso a insulina esteja na geladeira, retirá-la de 10 a 15 minutos antes de iniciar sua utilização.
CUIDADO COM OS PÉS
Níveis elevados de glicose no sangue por um longo tempo podem levar à perda de sensibilidade e dificuldade na circulação do sangue nos pés do diabético. Com isso, a pessoa não sente queimaduras, cortes e machucados, facilitando o aparecimento de infecções. As infecções, por sua vez, interferem no bom controle do Diabetes. O cuidado diário e meticuloso dos pés e a escolha de um calçado adequado podem ajudar a prevenir esses problemas.
Cuidado com calor, cortes, rachaduras, bolhas e mudanças na cor da pele;
Use um espelho ou peça a ajuda de outra pessoa se tiver dificuldade para ver os pés;
Examine cuidadosamente entre os dedos.
COMO CUIDAR DAS UNHAS
Corte as unhas em linha reta e nunca deixe-as muito curtas;
Não retire as cutículas e os cantos das unhas;
Não use canivete, gilete ou faca para cortar as unhas;
Informe ao podólogo para seguir esses cuidados.
COMO LAVAR OS PÉS
Lave os pés diariamente com água morna e sabão neutro;
Não deixe os pés de molho e não use bolsas de água quente.
CALÇADOS CONFORTÁVEIS
Use calçados fechados e macios;
Não use calçados apertados, abertos, de bico fino e de salto alto;
Antes de calçar meias e sapatos, verifique se não há nada dentro deles que possa machucar seus pés, como pregos, pedras ou furos;
Não ande descalço, nem mesmo dentro de casa;
Quando indicado, use palmilha diariamente, durante todo o tempo;
Ao fazer exercícios físicos, use calçados adequados e a palmilha;
Use meias de algodão sem costuras e sem elásticos, trocando-as diariamente;
Secar bem os pés, principalmente entre os dedos e ao redor das unhas;
Passe creme hidratante nas pernas e nos pés, mas nunca entre os dedos;
Não use talco, spray ou esparadrapo nos pés;
Não corte os calos e não use produtos para retirá-los.
IMPORTANTE
Quando houver qualquer alteração nos pés, procure o médico ou a enfermeira do local em que se faz o acompanhamento do Diabetes. Peça ao profissional para examinar os pés durante a consulta.
CUIDADOS NECESSÁRIOS
Viagem: previna-se e leve a receita médica, medicações em uso, glicosímetro, alimentos para corrigir hipoglicemia e água para beber.
Dentes: cuide com muita atenção; vá ao dentista regularmente; escove bem os dentes após as refeições.
Olhos: consulte um Oftalmologista uma vez ao ano, para avaliar como estão os vasos do fundo do olho.
FONTES
www.diabetes.org.br
www.carloseduardocouri.blogspot.com
www.anad.org.br
Livro: O Futuro do Diabete, Dr. Carlos Eduardo Barra Couri.
Médico endocrinologista em São Paulo .Editora Abril, 2011
Revista: Shape. Saúde todo dia. Editora alto astral;
Joslin Diabetes Center, com patrocínio de Eli Lilly and Company e Roche Diagnostics / Boehringer Corp para o Programa Harvard Joslin - SBD Educação em Diabetes no Brasil