REVISTA VIVA
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REVISTAVIVA: Manter a vida profissional ativa por mais
tempo, prorrogando a aposentadoria, favorece a manu-
tenção da mente criativa?
Rosiane Cazeli:
Com certeza! Chega uma idade em que
realmente você tem que aproveitar mais a vida, viajando,
caminhando na praia, estando mais perto da família. Mas
também é preciso desenvolver outras atividades. Não é
bater cartão e voltar pra casa. Há outras coisas que o idoso
tem para doar à sociedade. Se eu estou ativo, realizando
projetos, produzindo, estou vivo, mas se paro, estoumorto.
REVISTAVIVA: Oque fazer se percebemos que a criança,
ou adulto não possuem motivação para exercitar sua
criatividade?
Lúcia Boyaelle:
Eu sempre falo para os meus filhos que
eles têm que estar apaixonados pelo que fazem. Então,
quando você tem um projeto, você tem sempre uma pai-
xão pela frente. Eu falo que, na vida, você tem que estar
apaixonado. Não importa pelo quê, mas por alguma coisa.
É a paixão que nos move, e é ela que move a criativida-
de. Se não você fica sempre desestimulado. “Ah, estou
depressiva”. Por quê? Perdeu a paixão. Tem sempre que
estar renovando as paixões.
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Reportagem: Astrid Malacarne / Bruno Rover | Edição: Bruno Rover / Fotos: Ricardo Taru
Entrevista fechada com exclusividade para a Revista Viva Unimed Vitória em Fevereiro de 2015
...na vida, você tem que estar
apaixonado. Não importa pelo
quê, mas por alguma coisa.
É a paixão que nos move, e é
ela que move a criatividade
REVISTAVIVA: Hiperatividade tem a ver com criativida-
de? Como fazer para controlar essas crianças?
Lúcia Borjaille:
A hiperatividade tem muito a ver com a
criatividade. Eu indico para os pais que a criatividade e
hiperatividade sejam aproveitadas de uma maneira boa,
como colocar a criança nos esportes. Omenino hiperativo
não deve ficar em casa, pois é um menino que gosta de
jogar futebol, ou fazer natação. Primeiro você tem que
perguntar a ele o que ele gosta de fazer e estimular isso.
REVISTAVIVA: Como podemos participar e não podar a
criatividade em crianças e adultos?
Lúcia Borjaille:
Devemos deixar a criança falar e soltar
a imaginação dela. Estimular a imaginação, entrar no
mundo dela, viajar e navegar junto.
Rosiane Cazeli:
Não tire nada do idoso, mesmo que ele
não esteja mais conseguindo desenvolver tão bem aquela
atividade que tanto gosta. Pelo contrário, não se incomode
com o tempo ou o produto final. Se incomode se ele não
está fazendo. Tente preservar o estado ou hábito que o
idoso tem, como tocar um instrumento, assim, você man-
tém áreas cerebrais em movimento que têm a ver com a
criatividade, como o pensamento abstrato e imaginação.
REVISTA VIVA: Quais os benefícios da prática de ati-
vidades que lidam com a imaginação para os idosos e
as crianças?
Rosiane Cazeli:
Nos idosos, esse exercício ajuda a prevenir
doenças neurodegenerativas, como Parkinson, demência,
Alzheimer, depressão, além de você mantê-lo funcional
por muito mais tempo e aumentar a auto-estima.
Lúcia Borjaille:
Estimulando a imaginação da criança
você vai se surpreender comumadulto altamente criativo,
com idéias próprias e uma auto-estima lá no alto.
Lúcia Borjaille