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Fevereiro/Março | 2015 • N

o

15 • Ano 5 • REVISTA UNIMED BR

O

setor de saúde, como um

mercado que cuida do

bem mais precioso de

qualquer pessoa, precisa se pau-

tar pelos mais rígidos conceitos

de ética e pelas boas práticas

em qualquer um de seus ramos

de atendimento. É por isso que,

quando existem desvios de con-

duta, eles devem ser identifica-

dos, investigados e punidos de

acordo com sua gravidade.

Hoje conhecida nacionalmen-

te devido a denúncias em veí-

culos de imprensa, a batalha

das empresas e entidades de

saúde contra irregularidades

na comercialização de órteses,

próteses e materiais especiais

(OPMEs) é antiga no Sistema

Unimed. Há anos, as coopera-

tivas buscam implementar fer-

ramentas para coibir fraudes e

outras ações criminosas, como

superfaturamento de materiais

e comissões indevidas pagas

por fornecedores a médicos.

“Para que esta luta tenha suces-

so, precisamos de um esforço

conjunto do governo, de pacien-

tes, das entidades reguladoras,

do setor de saúde, dos pacientes

e dos médicos idôneos, que são

maioria”, afirma o presidente

da Unimed do Brasil, Eudes de

Freitas Aquino.

A Unimed Mercosul, em Floria-

nópolis, foi uma das primeiras

instituições do Sistema Unimed

a agir contra a Máfia das OPMEs,

buscando padronizações em

procedimentos e preços e traba-

lhando no âmbito de negociações

conjuntas. Esse exemplo foi am-

pliado pela Unimed do Brasil e

atualmente beneficia todo o Sis-

tema, por meio do Comitê Técni-

co Nacional de ProdutosMédicos

(CTNPM), que negocia compras

de materiais e medicamentos pa-

ra todas as cooperativas, com o

objetivo de conseguir melhores

preços, fortalecendo a transpa-

rência nas transações comerciais.

“A Unimed do Brasil busca nego-

ciações cada vez mais justas pa-

ra contribuir para a necessidade

de racionalização de custos e,

com isso, chegar a uma remune-

ração digna a todos os médicos

cooperados”, explica o diretor

de Integração Cooperativista e

Mercado da cooperativa, Vald-

mário Rodrigues Júnior.

Hugo Borges, coordenador mé-

dico do CTNPM, acredita que

“com diretrizes de atuação bem

definidas, o trabalho somará

esforços em sinergia com todas

as instituições voltadas para

regulamentação da distribui-

ção dos insumos de alto custo

pelo País”.

A coordenadora técnica do co-

mitê, Andrea Bergamini, crê que

este combate permitirá atuar e

negociar junto à cadeia de OP-

ME para se defender da inflação

tecnológica descontrolada, as-

segurar preços justos e, princi-

palmente, garantir a segurança

do paciente.

A Unimed do Brasil também

deu início, em 2014, a uma Co-

missão Estratégica que atua

com diversos públicos-alvo

para mobilizar a opinião pú-

blica sobre o tema e promover

um debate que evidencie os

danos causados pela Máfia das

OPMEs à sociedade, principal-

mente aos pacientes. O projeto

foi uma iniciativa dos direto-

res Edevard J. de Araujo (Mar-

keting e Desenvolvimento) e

Valdmário, com a liderança de

Alexandre Ruschi, diretor téc-

nico da Seguros Unimed, e a

participação de Singulares, Fe-

derações e empresas associadas

ao Sistema. As frentes de traba-

lho são Jurídica, Técnico-Cien-

tífica, Entidades de Saúde, Polí-

tica e Comunicação.

Cooperativas médicas fazem parte de

esforço que envolve a opinião pública, os

órgãos reguladores e a sociedade para

coibir abusos na comercialização de

órteses, próteses e materiais especiais