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Fevereiro/Março | 2015 • N

o

15 • Ano 5 • REVISTA UNIMED BR

P

ais e mães fazem todo tipo

de plano para a chegada do

bebê. Um dos mais impor-

tantes, traçado também com a

orientação de profissionais mé-

dicos, é o método do parto: nor-

mal, cesárea ou natural.

A Organização Mundial da Saú-

de (OMS) recomenda que o ín-

dice de cesarianas em relação

ao total de nascimentos não ul-

trapasse 15%, que são os casos

em que realmente há indicações

clínicas que exijam o procedi-

mento, como sofrimento fetal,

descolamento prematuro de

placenta, posicionamento pélvi-

co ou transverso, má formações

congênitas e doenças graves da

mãe. Mesmo assim, o Brasil é o

O parto

em debate

Índice alarmante de cesarianas nas redes

privada e pública de saúde mobiliza setor

a discutir a importância e os benefícios do

parto normal para mãe e bebê

país que mais realiza a interven-

ção em detrimento do parto nor-

mal no mundo. De acordo com

o Ministério da Saúde, 84% dos

nascimentos na rede privada são

cesáreos. No Sistema Único de

Saúde (SUS), o número é de 40%.

“Esta configuração atual tem vá-

rias origens. Uma delas é a ideia

de que o médico responsável pe-

lo pré-natal deve ser o mesmo do

parto. Esse tipo de situação cria

uma complicação na vida do clí-

nico, porque ele precisa organizar

seu dia a dia e um trabalho de par-

to pode começar a qualquer hora

do dia ou da noite”, explica Paulo

Borem, coordenador do Centro de

Inovação e Qualidade da Unimed

do Brasil e da Fundação Unimed.