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Abril/Maio | 2015 . N
o
16 . Ano5 . REVISTAUNIMEDBR
Um toquediversificado: asaliançasque representamauniãosobreasareias
simbólicasdosdesejosdosnoivos, padrinhose familiares
entidadeque corresponde apon-
tos de forçadanatureza, um atri-
butomuito importantenacultura
umbandista.
O momento preferido da cele-
bração foi idealizado pela própria
noiva. Tradicionalmente na casa
frequentada por Carolina, toca-se
um ponto (música) específico de
casamento. Ela solicitoumais um
ponto em homenagem a Oxum,
que, além de ser a protetora dos
casamentos, também é sua orixá
madrinha e sogra, já que Daniel,
seu marido, é filho da entidade
nos preceitos da religião. "Foi
muitoemocionantee todomundo
chorou. Depois, batemos palmas,
fomos abraçadospelosguias e to-
dos jogarampétalasderosasbran-
cas como forma de desejar pros-
peridade, do mesmo modo que
tradicionalmente jogamarroz."
Areiasdeamor
Quando decidiu se casar, princi-
palmente para regularizar a si-
tuação dos dois, que pretendiam
comprar um terreno juntos, Ana
Paula queria algo simples, que
marcasse omomento com a pre-
sença de pessoas queridas e a
natureza. Um amigo do casal já
havia oficializado uma Cerimô-
nia das Areias e assim o tema da
comemoração foi definido.
Esse ritual tem feito bastante su-
cesso. Nele, padrinhos, familiares
e os noivos depositam areias co-
loridas em um recipiente. Cada
cor simboliza um desejo para o
casal, comoamor, paz, paixão, es-
perançae riqueza.
"Para nós, o vidro é muito
simbólico e está guardado na
nossa casa", conta Ana Paula. O
vestido de noiva foi desenhado
e presentado por um amigo dela.
Outra convidada, fisioterapeuta,
fez amassagem do Dia da Noiva.
No dia, o traje recomendado era
aquelequeoconvidado se sentis-
sebem.
Como JoãoPaulo émúsico, o ca-
sal preferiu cantar a proferir vo-
tos. Ana Paula cantou
Você
, de
TimMaia. JoãoPauloseapresen-
tou com uma música indígena
chamada
Jera
. Juntos, cantaram
MinhaMenina
, de JorgeBen. "Foi
uma cerimônia bem alegre. É a
mensagemdealegriaquequería-
mos passar. Porque gostamos de
ficar juntos e não porque somos
obrigados."
Ocasalnãousamaisaliança, pois
acha que não há significado es-
pecial noato. Paraeles,mais vale
a lembrança e o vídeo do casa-
mento, comosmomentosdeale-
griaao ladodequem seama.
JoãoPauloeAnaPauladepositamsuasareiasno recipiente,
hojeguardadonacasadocasal
Maisdoqueproferir simples
votos, ospombinhoscantaram
umparaooutro
