Revista Unimed BR - Edição 16 - page 37

37
Abril/Maio | 2015 . N
o
16 . Ano5 . REVISTAUNIMEDBR
A
velha máxima de que
a arte imita a vida vem
sendo um exercício
constante para o cinema. Fre-
quentemente, são lançadosfilmes
que retratam questões cotidianas
e, alguns deles, acabam abordan-
do enfermidades. De acordo com
o clínico geral Théo Welington
Mano de Oliveira, presidente da
Unimed Votuporanga, é impor-
tante que o público tenha co-
nhecimento da existência de tais
doenças e que essas histórias
tragam um pouco da realidade
dos acometidos, porém é preciso
entender que, mesmo abordando
casos reais, são obras de ficção.
O especialista complementa que
"tem sido cada vezmais comum
o cinema e a televisão retrata-
rem a vivência de personagens
com doenças crônicas que, de
alguma forma, são ainda pouco
conhecidasdopúblicoouquege-
rammuitapolêmica sobre a con-
duta de médicos ou familiares,
além de causarem certo tipo de
discriminação."
Confira como trabalhos cinema-
tográficos recentes expressaram
algumasdoençasnas telas:
BoaSorte
O longa-metragem brasileiro
conta a história de uma mulher
viciadaemdrogaseportadorado
vírusHIVque, internadaemuma
clínicade reabilitação, seapaixo-
naporumhomemmais jovem.A
tramaé focadano relacionamen-
to do casal, mas revela nuances
da Aids, que costuma deixar os
acometidos com a saúde mais
frágile, infelizmente, aindaéuma
doença incurável. O filme nor-
te-americano
Clube de Compras
Dallas
tambémabordaoHIV,mas
nadécadade1980, quandoa sín-
drome da imunodeficiência ad-
quirida ainda era pouco conhe-
cida e havia um grande precon-
ceitocom relaçãoaosportadores.
Valedestacarque, atualmente, 35
milhões de pessoas no mundo
convivemcomovírus.
OLadoBomdaVida
O filme narra as tentativas de
um homem diagnosticado com
transtorno bipolar de se reade-
quarà sociedadeapósumperío-
dode internação. Elenãoenten-
de sua condição e, portanto, não
aceita tratamento. Oprotagonis-
ta sócomeçaa lidarmelhor com
o transtornoapós conhecer uma
mulher que também apresenta
problemas psicológicos. O longa
foi inspiradono livrodemesmo
nomeeoque influenciounade-
cisãododiretorDavidO. Russell
emadaptar ahistóriaparaas te-
las foi o fato de ele ter um filho
bipolar e comproblemas obses-
sivo-compulsivos.
Evidências
científicas indicam que, nos úl-
timos anos, cresceu a incidência
desses quadros. Apesar dehaver
relatosde transtornobipolarque
datam de 2,5mil anos atrás, há
uma prevalênciamaior da pato-
logia mais recentemente e uma
das possibilidades é de que as
pessoas estejam sendo submeti-
dasaumamaiorcargadeestres-
se, privação constantede sono e
usode substâncias ilícitas, hábi-
tosmaiscomunshojeemdia.
"Temsidocada
vezmaiscomumo
cinemaea televisão
retrataremavivência
depersonagenscom
doençascrônicasque,
dealguma forma, são
aindapoucoconhecidas
dopúblicoouque
gerammuitapolêmica
sobreacondutade
médicosou familiares,
alémdecausaremcerto
tipodediscriminação",
argumentaThéo
WelingtonManode
Oliveira, daUnimed
Votuporanga.
1...,27,28,29,30,31,32,33,34,35,36 38,39,40,41,42,43,44,45,46,47,...68
Powered by FlippingBook