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Ago/Set | 2015 . N
o
18 . Ano5 . REVISTAUNIMEDBR
Guardeodinheiroe
compreà vista
"A estratégia que eu recomendo
para períodos em geral da vida
-mas passa a ser especialmente
importanteemumanocomoeste
-é ter umorçamentomais flexí-
vel, commenos prestações assu-
midas", explicaCerbasi. Segundo
ele, poupando para uma compra
à vista o consumidor garante a
liberdade sobre o orçamento fu-
turo, já que imprevistos, como a
perda do emprego, podem ocor-
rer. "É importante ter reservasem
renda fixa, como caderneta de
poupança, e um orçamento me-
nosengessadoparaquealgopos-
sasercancelado", justifica.
Mara Luquet recomenda pes-
quisar sobre as taxas de juros
antes de fazer alguma compra.
"Um ponto que faz a gente cair
na armadilha dos juros é pensar
pouco sobre eles. Então acaba-
mos efetuando os financiamen-
tos errados e isso contribui para
que entremos em armadilhas",
ensinaem suacolunano telejor-
nal. "É importante pensar sobre
taxa de juros. Quando você for
fazer um crédito, adoteamesma
estratégia de quando você vai
comprarumproduto: pesquise."
Identifiqueosexageros
OeconomistaMauroHalfeld, es-
pecialista em finanças pessoais
da rádio CBN, indica que uma
boa alternativa é anotar em um
cadernoouplanilhaosprincipais
gastos do mês. "Calcule o per-
centual desse gasto em relação a
sua rendamensal. Possivelmente
você vai perceber alguns exage-
ros. Melhor ainda é juntar esse
relatório de gastos mês a mês e
perceber quais despesas estão
crescendo demais. Foque nos
exageros. Está na hora de 'podar
aárvoredosgastos'", recomenda.
Cerbasi ensina que, assim como
é importante saber onde cortar,
é preciso identificar o que não
deve ser eliminado do dia a dia.
Nessa lista entram programas
que valorizam momentos em
família, por exemplo. "Suponha-
mosquea família saiadevezem
quando para jantar fora, você
não pode cortar essa tradição.
As pessoas estão pessimistas e
isso tende a contagiar a família.
Entãoéprecisoprivilegiarquali-
dadedevida", afirma. "Emvezde
tirar opasseiodaminha família,
possooptarporumaluguelmais
barato, simplificar meu padrão
devidaparaque sejamais apro-
veitado. Privilegiar o ambiente
positivo e o bem-estar nos tor-
namenos ansiosos", acredita. "O
cenário turbulento nos convida
a uma posturamais otimista, ao
consumo de coisas mais pra-
zerosas. Você pode economizar
emalgomais caroeprivilegiar o
consumomaisavulso",completa.
Envolvaa família
Um passo importante é esti-
mular a criatividade e envolver
toda a família namissãode cor-
tar gastos, principalmente para
quem tem filhos. SegundoMara
Luquet, destemodo, os pais ga-
nham aliados, além de ser bom
E
m2015oBrasil estápas-
sando por um período
difícil na economia - o
mercado retraído, consumidores
commedode investir e taxas de
juros elevadas. Emmeio aomar
revolto da crise econômica, será
que é possível manter as finan-
ças em dia e, quem sabe, ainda
tirar proveito dela? Especialis-
tas garantem que sim. "Em vez
de lamentar, é um ano para se
reorganizar, aproveitar que as
oportunidades estãodiminuídas
e fazer cursos de especialização,
reorganizar seus projetos profis-
sionais, aquilo que falta quando
se está em excesso de trabalho.
É hora de arrumar a casa para o
período seguinte", opina o eco-
nomistaGustavoCerbasi.
Embora saibamos que uma cri-
se não dura para sempre, é di-
fícil prever quando ela acabará.
E pode demorar anos até que
um país se reconstrua. Enquan-
to isso, é preciso saber ajustar o
orçamento à nova realidade. "É
hora de estudar, investirmodes-
tamente para entender o mer-
cado. Essemedo que as pessoas
sentem é muito saudável. É o
lado racional. Significaqueesta-
mos preparando a base para um
ano 2016mais enxuto do ponto
de vista financeiro, commenos
dívidas", acredita o especialista,
autor dos best sellers
Casais In-
teligentes Enriquecem Juntos
e
Adeus, Aposentadoria
.
Paraevitarumproblemacomum
em situações de crise - prejuízo
naautoestima-a receitaé inves-
tiremcriatividadeeboa informa-
ção. "Oprimeiropontoéentender
que ninguém está sozinho, esta-
mos todos juntos. Você tem que
olhar para as suas prioridades. O
grande risco que eu vejo nessa
criseévocê ficardeprimido, aba-
tido. Paraevitar isso, foquenaso-
lução", aconselha a comentarista
de finançaspessoaisdo
Jornal da
Globo,
MaraLuquet.
