Revista Unimed - N° 18 - page 30

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REVISTAUNIMEDBR . N
o
18 . Ano5 . Ago/Set | 2015
Atitude
Hugo também participou do
nascimento dos netos. O pri-
meiro, Victor Hugo, há sete
anos. "Meu filho disse 'vou
manter a tradição', e meu neto
nasceu com o pai e o avô", co-
memora. Já Rafael contou com
opai eo irmãonopartoda filha,
dando continuidade ao costu-
me dos Miyahira. "Mas é pre-
ciso ter a emoção contida pela
racionalidade paramanter uma
boaqualidadede atendimento",
explicaoveterano.
Temque ter tranquilidade
A realidade do mercado era
bem diferente de hoje, quan-
do JúlioManfredini iniciou na
profissão, há quase 50 anos. "O
primeiropartoque fizdaminha
esposa foi mais por necessida-
de, porque na cidade não tinha
ohábito de dar toda a assistên-
cia ao paciente como hoje. Eu
vinha de residência médica,
me senti com coragem e emo-
cionalmente apto para o parto",
lembra omédico, cooperadoda
UnimedCriciúma.
"Comoomaior
apaixonadopela
minhapaciente,
nãopodiadeixar
nasmãosdeoutro."
AleksandrMiyahira
Com a experiência de quem
realizou o nascimento de três
filhos e auxiliou o da primeira
neta, eledestacaqueum fator é
primordial para obter um bom
desempenho: não se deixar do-
minarpelaansiedadeounervo-
sismo. "É muito emocionante.
Você tem que ter frieza, mas,
ao mesmo tempo, está lidan-
do com vidas: a do seu próprio
filho e a da sua esposa", expli-
ca. "É muita emoção, porém é
precisomuita tranquilidade."
O nervosismo é uma exclusivi-
dadedospaisqueestão 'dooutro
lado', apenas acompanhando o
nascimentodobebê. Pai dedois
meninos, o obstetra Dalton Ka-
meoMatsuo está acostumado a
lidar com omisto de sentimen-
tos dos futuros papais. Mas ele
admite que só compreendeme-
lhor comoeles se sentemapós a
chegada de Vitor e Lucas. "Tem
todo tipodepai: os que choram,
passammal, tem os que conse-
guem filmar tudo. Eu fui pai aos
43 anos, estava commuita ex-
pectativa", conta. "Quando se
está do lado de cá e passa por
essa experiência, você começa
a dar mais importância para os
pais que estão acompanhando
os partos. Passei muito tempo
em hospitais públicos, às vezes
era uma coisa muito mecânica.
Você começa a dar mais valor
ao relacionamento com o casal
depoisque tem seuspróprios fi-
lhos", admite. 
Nopartode seusgarotos, apenas
auxiliou os colegas, deixando
nasmãos deles o trabalho prin-
cipal. "Elesacharamqueeuesta-
vamuitoemocionado.Quandoo
bebê nasceu, me expulsaramda
sala", diverte-se. "O parto sem-
pre reserva alguma emoção.
Quandoédo filhodagente,mais
ainda", conclui.
OpequenoVictorHugoao ladodopapai obstetraesua família
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