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Out/Nov | 2015 • N
o
19 • Ano 5 • REVISTA UNIMED BR
Estudo
identifica
processos
cerebrais
que ajudam no
tratamento do
Alzheimer
O fato de não reconhecer pessoas
e lugares estimulou pesquisadores
americanos a estudar os circuitos
cerebrais envolvidos no confuso
processo. Eles conseguiram não só
explicá-lo melhor como também
abrir caminhos para tratamentos
de problemas da memória, incluin-
do o mal de Alzheimer.
Publicado na revista especializada
Neuron
, o estudo usou camundon-
gos. Como resultado, concluíram
que a falha no reconhecimento de
pessoas – e também locais – tem
origem em um sistema neuronal
responsável por fazer a separação
entre elementos inéditos e conhe-
cidos visualizados pelo indivíduo.
Hipóteses anteriores apontavam
duas partes do hipocampo – ligado
à memória – como as responsáveis
por esse processo: giro denteado e
CA3. O primeiro seria responsável
por identificar estímulos novos e
separá-los de referências conhe-
cidas. Já ao CA3 caberia minimizar
pequenas mudanças de uma expe-
riência anterior para que ela não se-
ja erroneamente classificada como
algo novo, um processo chamado
padrão de realização.
Os animais participaram de diversas
etapas do experimento. Ao final, a
descoberta de que o CA3 possui mais
funções do que se imaginava pode
ajudar futuramente em tratamentos
médicos ligados a problemas de me-
mória, como o mal de Alzheimer.
O trabalho dos americanos terá
continuidade com o objetivo de
estudar outras regiões ligadas à
memória. Outro passo próximo da
equipe é analisar a memória ligada
ao envelhecimento.
Estudo diz que exercícios
vocais podem ajudar a reduzir o ronco
Um programa de exercícios musicais que trabalham a garganta e ajudam a
parar o ronco e a apneia do sono estimulou um estudo mais aprofundado da
Exeter University, em parceria com o Royal Devon e a Exeter NHS Foundation
Trust. A pesquisa teve 30 voluntários que fizeram poucos minutos de exercí-
cios vocais por três meses. Ao final do tratamento, o ronco tinha melhorado
consideravelmente em relação aos outros casos estudados.
Um simples ritual de exercícios vocais pode fortalecer a garganta e os múscu-
los do palato – que são as principais causas do ronco – dizem os especialistas.
De acordo com o site
Daily Mail
, a descoberta foi feita depois que uma pro-
fessora de música ajudou um amigo a parar de roncar.
Música durante e após
cirurgia tem efeito analgésico
Estudos realizados na Universidade
Queen Mary, em Londres, apontam
que ouvir música antes, durante e
depois de uma operação pode ajudar
a reduzir a dor. A pesquisa foi divul-
gada na publicação científica
Lancet.
De acordo com o resultado, pacientes
que ouviram música durante o pro-
cedimento ficaram menos ansiosos
depois da cirurgia e não precisaram
tomar tantos analgésicos. Segundo
os pesquisadores, a música foi eficaz
até mesmo quando pacientes esta-
vam sob o efeito de anestesia geral.
A equipe fez 70 testes com cerca de
7 mil pacientes por volta do horário
da cirurgia, comparando uma va-
riedade de músicas ‘suaves’ com o
descanso na cama sem perturbação,
fones de ouvido sem música, ruído
branco e cuidados de rotina.
Apesar do efeito comprovado sob o
estresse que a dor causa, a música
não conseguiu reduzir o tempo que
o paciente ficava no hospital. Os
pesquisadores vão aprofundar esse
estudo com outra pesquisa no Royal
London Hospital ainda neste ano.