VIDA DE QUALIDADE
DESCANSO
Com sabor de
Manter a mente focada no tra-
balho, mesmo após o expediente
não é incomum. Como a atividade
profissional, geralmente, ocupa a
maior parte do dia, pode ser difícil
se distanciar nos momentos de
folga, gerando desgaste extra. Para
estimular o descanso, uma boa al-
ternativa pode ser investir em ati-
vidades que geram prazer.
Luiz Ney de Assis Fonseca, gi-
necologista e obstetra cooperado
da Unimed São João del-Rei, en-
controu seu gatilho de relaxa-
mento na culinária. Desde criança,
ele acompanhava o avô e o pai no
preparo de uma delícia gastro-
nômica tradicional na família:
o leitão à pururuca. “Meu avô era
fazendeiro e sempre fazia o leitão
nas festas. Eu ficava por perto e o
ajudava a abanar o braseiro que
assava a carne. Aos poucos, fui
aprendendo a técnica”, lembra.
Apesar do contato com o prato
desde a infância, foi aos 36 anos
que o médico preparou seu pri-
meiro leitão. Algum tempo depois,
construiu uma pousada em Tira-
dentes e passou a fazer o prato
para os hóspedes. Quem experi-
mentava a iguaria, recomendava.
Assim, o profissional da saúde e
chef
teve a oportunidade de levar
o leitão à pururuca a programas
de televisão e até a outros países,
além de ver sua especialidade
apontada como o “melhor leitão
do país” em publicações de refe-
rência da gastronomia.
Nos fins de semana, o prato não
pode faltar na pousada, seja em ca-
samentos, eventos empresariais ou
grupos de turistas. “Meus amigos e
irmãos me ajudam e, quando termi-
namos, tomamos umvinho”, explica
Luiz, que também é
sommelier
e faz
questãodeunir os sabores dabebida
às refeições que prepara.
A possibilidade de conhecer
novas pessoas e histórias é outro
fator que mantém sua atração
pela gastronomia. “O leitão fica
sete dias marinando e, depois,
sete horas assando. Nesse tempo
de cozimento, bato papo com as
pessoas e faço amizades. É um
descanso.”
Uma invenção do próprio mé-
dico incrementou a receita origi-
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Revista Conexão - Julho / Agosto / Setembro 2016 - Edição 22
Arquivo pessoal
Luiz Ney de Assis
Fonseca e a filha,
Sabrina, fizeram da
tradição familiar
um negócio