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REVISTA UNIMED BR • N
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15 • Ano 5 • Fevereiro/Março | 2015
PELO MUNDO
O Instituto Butantan de São Paulo está prestes a firmar parceria com os Ins-
titutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos (NIH, na sigla em inglês) para
a produção de um soro que promete combater o ebola. O vírus contaminou
14 mil pessoas em oito países e causou a morte de mais de 5 mil pessoas.
Os testes do soro devem começar ainda no início de 2015. Diferentemente
da vacina, que faz a imunização ativa do indivíduo, o soro cria uma imunidade
passiva, protegendo a pessoa ou animal da ação da doença.
Segundo o diretor do Instituto Butantan, Jorge Kalil, inicialmente, o soro será
aplicado em cavalos. Ocorrendo a produção de anticorpos nos equinos, o san-
gue será filtrado para isolamento do anticorpo, que será enviado para testes.
Posteriormente, macacos receberão o soro experimental. Se houver a neu-
tralização do vírus no macaco, os testes seguirão para análises em humanos.
Todos esses procedimentos serão acompanhados pela Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa).
Os testes relacionados ao ebola serão feitos em laboratórios dos Estados
Unidos. Sendo assim, o vírus não será transportado para o Brasil.
Álcool e tabaco
matam bactérias bucais “do bem”
Pesquisadores brasileiros afirmam que o álcool e o tabaco podemmatar
centenas de bactérias da boca. A notícia poderia ser vista combons olhos,
se a presença dessas bactérias não produzisse substâncias benéficas.
Assim como ocorre no intestino, a presença das bactérias “do bem” aju-
da a proteger a boca. Ou seja, além dos já conhecidos problemas de
saúde gerados pelo consumo do álcool e tabaco, a alteração da biodi-
versidade das bactérias bucais poderia acelerar o aparecimento desses
problemas, favorecendo, por exemplo, a formação de tumores.
De acordo com os pesquisadores do A.C. Camargo Cancer Center e da
USP, fumantes perdem cerca de 35% da biodiversidade bacteriana bu-
cal. Já quemconsome bebidas alcoólicas e fuma perde umpoucomenos,
cerca de 20% das bactérias. Os pesquisadores agora estão estudando o
biofilme bacteriano bucal de um fumante que desenvolve câncer.
Acordo entre Instituto Butantan e EUA
deve garantir produção de soro contra ebola
Antibiótico
revolucionário
pode combater a
tuberculose
Cientistas americanos da Universidade
Northeastern, em Boston, desenvolve-
ram um antibiótico chamado teixobactin,
que tem sido considerado revolucioná-
rio. O medicamento é capaz de combater
diversas infecções bacterianas resisten-
tes aos antibióticos atuais, a exemplo
da tuberculose e outras superbactérias
resistentes à meticilina.
O remédio já tem sido testado em ratos
de laboratório. No entanto, os testes em
humanos só devem acontecer daqui a
cinco ou seis anos.