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Fevereiro/Março | 2015 • N

o

15 • Ano 5 • REVISTA UNIMED BR

centrado na mãe e no bebê e agendado de acor-

do com as necessidades do feto. Ele ocorre se-

gundo a recomendação científica, após o início

do trabalho de parto, e é acompanhado por um

plantonista durante todo o tempo. Também tem

índices menores de mortalidade maternofetal,

de complicações pós-cirurgicas e de internações

dos recém-nascidos. Para a mãe, há menos dor na

recuperação, que frequentemente é mais rápida.

O aleitamento também pode ser feito logo após

o nascimento.

Com o início do projeto de estímulo a esse tipo de

nascimento, a Unimed Itapetininga teve uma re-

dução de 60% na quantidade de internações em

UTI neonatal em um ano.

Em janeiro deste ano, o Ministério da Saúde e a

Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS)

anunciaram medidas de incentivo ao parto normal

e para reduzir a quantidade de cesáreas desnecessá-

rias. O órgão regulador publicou uma resolução que

institui normas e alerta para os riscos da prática da

cesariana em gestantes aptas a ter o bebê por meio

do parto normal. A Unimed do Brasil já publicou

dois materiais para se adequar à demanda, o cartão

da gestante, que contém o registro completo do pré-

natal, e o partograma, documento que registra tudo

o que acontece durante o trabalho de parto.

“O parto não pode ser visto como uma

questão de consumo, é uma questão de

saúde pública. As taxas de cesarianas

no Brasil são inaceitáveis”, comentou o

ministro da Saúde, Arthur Chioro, durante

entrevista coletiva.

Paulo Borem destaca que o modelo custa, emmé-

dia, 15% a menos para a operadora e uma econo-

mia de 15% a 20% para o hospital. “É bom para

todos os lados. Melhora a saúde das pessoas, a ex-

periência do cuidado, a satisfação e o custo.”

Para Cloer, especificamente na saúde privada, há

três segmentos envolvidos para que haja alteração

do atual quadro: quem necessita ou busca o pro-

cedimento (paciente), quem o executa (médico) e

quem paga pelo processo (operadora). “Somente

pela interlocução e compreensão dos três é que

poderemos pensar emmudança de cultura.”

O parto normal não é considerado

uma cirurgia e depende das

contrações periódicas e da

dilatação do colo do útero para

permitir o nascimento, pelo canal

vaginal. O tempo de duração

depende do organismo da mulher.

A cesárea é uma cirurgia que dura

cerca de uma hora, na qual é feita

uma incisão até chegar ao bebê,

que é retirado pelo corte. O parto

natural, por sua vez, é feito com

pouca intervenção da equipe de

assistência ou de medicamentos.