Cenário econômico
do setor de saúde suplementar
O cenário de 2014, com economia recessiva e pouco investimento,
vem refletindo na saúde suplementar e gerando uma perspectiva
baixa para o setor. A Unimed Vitória observou as implicações desse
cenário durante o ano que, associadas a outros fatores, fizeram com
que a cooperativa não obtivesse um crescimento na carteira de
clientes, apesar de ter alcançado um aumento em sua receita.
Dentre os fatores que contribuíram para esse resultado tímido estão
a regulação excessiva e a inclusão de novos procedimentos no rol de
cobertura determinado pela ANS, podendo-se destacar a questão do
medicamento ambulatorial oncológico, que ocasionou um impacto
significativo de cerca de R$ 5,6 milhões.
A excessiva quantidade de normativas da ANS e a instabilidade
regulatória limitam o desenvolvimento e aumentam a margem de
risco da cooperativa. Apesar de estar completamente adequada às
normas da Agência, a possibilidade de mudanças nas regras deixa a
cooperativa hesitante e faz com que o investimento seja feito com
cautela ou tenha seu prazo postergado, como no caso da duplicação
do Hospital Unimed e de parcerias com novos hospitais, que são
projetos que estão na organização, mas que, a contração econômica
não permite que sejam realizados.
Outro entrave considerado aos resultados é a judicialização da saúde,
que também tem sido impactante na cooperativa. Somada ao próprio
envelhecimento da carteira, fator natural, e à falta de capacidade
de investimento, devido à necessidade de reservas, mantêm a
cooperativa em alerta, pois a gestão financeira deve ser trabalhada
com cuidado e determinação.
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