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Outubro | 2014 . N
o
13 . Ano 4 . REVISTA UNIMED BR
O
elevado preço da venda de órteses,
próteses e medicamentos especiais
e as denúncias de superfaturamento
desses produtos vêm provocando intensos de-
bates no Brasil. O problema, que afeta não só
o sistema médico, mas também a saúde dos
pacientes, tomou grandes proporções e agora
chega à esfera política.
O deputado federal Ricardo Izar (PSD-SP),
entre outros congressistas, tem voltado suas
atenções ao tema e criado mecanismos para
a apuração de possíveis desvios de recursos,
bem como da grande variação dos preços des-
ses produtos em hospitais públicos e privados,
situação que, se comprovada, prejudica tanto
o consumidor quanto o orçamento das opera-
doras de planos de saúde e do Sistema Único
de Saúde (SUS).
Tal discussão motivou o pedido de criação de
uma Comissão Parlamentar de Inquérito. A CPI,
Órteses e
próteses:
em busca de soluções
O deputado federal Ricardo Izar fala sobre a CPI da Máfia das
Órteses e Próteses no Brasil, que deve ser instalada em breve
conhecida como Máfia das Órteses e Próteses no
Brasil, visa investigar a "cartelização na fixação de
preços e distribuição de órteses e próteses, inclu-
sive com a criação de artificial direcionamento da
demanda e captura dos serviços médicos por in-
teresses privados (...) mediante as ilegalidades nas
relações das compras públicas e judicialização da
saúde, suas causas, consequências e responsáveis
no período 1994-2013".
O objetivo é averiguar quem são os agentes que
criam "falsas necessidades" e de que forma pos-
síveis atividades comerciais ilegais são condu-
zidas. De acordo com documento encaminhado
para a abertura da CPI, especialistas alegam que
os problemas do setor são a falta de concorrência
e a cadeia de distribuição, que paga percentuais
a médicos e hospitais, encarecendo o preço final
do produto.
Para esclarecermelhor a questão, Izar concedeu uma
entrevista à
Revista Unimed BR
. Confira a seguir:
