E
nvelhecer ainda é um grande medo do ser hu-
mano. Após os 60 anos, faixa etária reconheci-
da pela Organização Mundial de Saúde (OMS)
como a terceira idade, o organismo passa por uma
série de mudanças. A agilidade não é mais a mesma,
além disso as pequenas marcas de expressão e a fal-
ta da resistência física de antigamente podem causar
certo desconforto.
Ainda de acordo com a OMS, a expectativa de vida
no mundo aumentou em média seis anos entre 1990
e 2012 e, até 2025, o Brasil será o sexto país do mundo
em número de idosos. Já segundo o Instituto Brasilei-
ro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2012 a expec-
tativa de vida ao nascer no País passou para 74,6 anos,
crescendo tanto para homens quanto para mulheres.
Observando esses dados, podemos ver que estamos
vivendo em um mundo mais velho. O Dia do Idoso é
comemorado em 1º de outubro e busca valorizar essa
parcela crescente da população, destacando seu papel
atuante na sociedade e incentivando políticas que ga-
rantam saúde, qualidade de vida e dignidade. Envelhe-
cer, mais do que nunca, significa envelhecer bem.
"Com a idade, diminuímos o ritmo das atividades, te-
mos mais dificuldade de realizar algumas coisas, co-
mo subir escadas, limpar a casa etc.", explica a dona
de casa
Maria de Lourdes Martins
, de 79 anos. Entre-
tanto, isso não é motivo para uma vida ociosa, cheia
de tristeza e reclamação. "Acho um absurdo quando
alguém de 60 anos se entrega. Eu gosto de viajar, pas-
sear, ir à casa de amigos. Temos que conversar e in-
centivar os outros."
Pessoas acima de 60 anos precisam, cada vez mais,
exercitar o cérebro e realizar atividades que mante-
nham o bom humor e contribuam para uma boa ati-
tude na hora de enfrentar a vida. Podem ser esportes,
apresentações musicais e teatrais e até um jantar com
amigos, já que o compartilhamento de experiências e
temores é muito válido no período.
Maria Henriqueta de Magalhães
não revela a idade,
mas está no mercado de trabalho há 52 anos, podendo
estar aposentada há 20. Assessora da presidência da
Unimed do Brasil, pratica natação três vezes por se-
mana. "Nado todos os estilos. Canso um pouquinho no
nado borboleta, mas vou bem em todos os outros."
Unimeds atuam pelo
bem-estar do idoso
O cuidado com os idosos é uma parte mui-
to importante dos serviços prestados pelas
cooperativas Unimed. São muitos exemplos
de sucesso em todo o País, principalmente
aqueles que buscam uma mudança nos hábi-
tos de cuidados desta população, atuando na
prevenção de doenças e na qualidade de vida
e bem-estar dos idosos.
Para compor esta matéria, a
Revista Unimed
BR
contou coma colaboração do Univida, pro-
movido pela Unimed Pelotas - e frequentado
por Maria de Lourdes Martins, Neli Amaral
Terras e Renan Rangel - e do Vida Ativa, da
Unimed Vitória - que faz parte do cotidiano
de Helena Lúcia Lecchi.
O Univida deu seus primeiros passos em
2007 e é composto por pessoas com mais
de 60 anos que realizam exercícios físicos vi-
sando à melhora do condicionamento cardio-
vascular, da agilidade, da força e do equilíbrio,
orientados por um profissional de Educação
Física. Além disso, uma equipe multidiscipli-
nar do Núcleo de Desenvolvimento Humano
(NDH) da Singular transmite orientações de
nutrição e acompanha níveis de glicose san-
guínea dos participantes diabéticos, mensu-
rando ainda, mensalmente, a antropometria e
a pressão arterial dos idosos.
Com o Vida Ativa, a Unimed Vitória proporcio-
na um atendimento mais próximo aos bene-
ficiários de terceira idade e também com os
diabéticos, também focado no combate ao se-
dentarismo. Durante as duas aulas semanais,
os alunos são orientados individualmente pelo
educador físico Julio Cesar de Oliveira Júnior.
"Trabalhamos exercícios físicos funcionais,
aqueles que simulam os movimentos do dia
a dia. Com isso, além de conseguirmos inse-
rir atividades físicas na rotina dos pacientes,
trabalhamos equilíbrio, força, coordenação
motora e resistência", explica o profissional.
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13 . Ano 4 . REVISTA UNIMED BR
