22
REVISTA UNIMED BR . N
o
13 . Ano 4 . Outubro | 2014
"Eu fui aceitando a minha idade
com tranquilidade e com muita
felicidade e gratidão por tudo o
que recebi na vida. Manter-me
ativa foi uma consequência e não
uma busca. Eu sempre pensei em
ser útil. Nunca vislumbrei cargo
e dinheiro, nunca foi o meu for-
te. Não ocupo minha cabeça com
isso, acho uma besteira. Mas me
esforçar por ter alguma compe-
tência, sim", avalia.
Para chegar à terceira idade com
a mesma disposição de Maria
Henriqueta, é importante prati-
car atividades físicas constan-
temente, respeitando os novos
limites do corpo, alimentar-se
corretamente, muitas vezes se-
guindo cardápios especiais ela-
borados por endocrinologistas e
nutricionistas, consumir bastan-
te água e dormir bem.
A artesã
Helena Lúcia Lecchi
,
de 59 anos, está quase chegando
a essa marca e, tendo superado
um câncer no pâncreas há cerca
de dois anos, é bastante atenta
às precauções necessárias para
conservar a saúde e entrar na
terceira idade com o pé direito.
"A alimentação é umdos grandes
fatores que temos que observar,
buscando os itens mais naturais",
explica. Devido à enfermidade, a
artista realiza acompanhamento
médico de quatro em quatro me-
ses. "A mente tem que estar sem-
pre ativa, precisamos fazer algo
que gostamos: uma dança, um
encontro com as amigas, um pôr
do sol. Ter a família te apoiando
e te sustentando", diz ela, que
tem três filhos e três netos.
"É uma situação normal. Só não
pode ficar sentado esperando a
morte chegar", alerta o aposenta-
do
Renan Rangel
, de 83 anos. Ele
comandou sua própria empresa
de assistência técnica por quase
40 anos - "sem férias e grandes
descansos" - e, agora, investe o
tempo na preservação da saúde.
"A atividade deve ser tanto física
quanto psicológica, tem que se
movimentar, ler, fazer um bom
exercício mental. Não fico em
casa. Por exemplo, estudo músi-
ca, faço parte de um coro. A mú-
sica requer bastante atenção e
concentração. O sedentarismo é
o inimigo número um do idoso."
Já
Neli Amaral Terras
, de 69
anos, mantém a cabeça ocupada
comandando sua própria com-
panhia de terraplanagem, com
três funcionários, e também com
exercícios físicos. "Para não en-
joar", a empresária frequenta
três academias diferentes, prati-
cando várias modalidades, como
dança e pilates. Exímia turista,
temTurquia e Ilhas Gregas como
alguns dos destinos preferidos
e, mesmo sem poder tirar férias,
como autônoma, sempre arranja
um tempinho para viajar de três
a quatro vezes por ano.
Divorciada há 20 anos e mãe
de duas filhas, ela conta,
rindo, que está iniciando
um novo namoro.
Afinal, nunca é tarde
e a vida está aí para
ser vivida, não é?
HOLOFOTE
Maria Henriqueta de Magalhães
Helena Lúcia Lecchi
Maria de Lourdes Martins
